terça-feira, 17 de dezembro de 2013

AÉCIO NEVES COM SEU MARQUETEIRO, E O NOVO NOME SÓ SERÁ DEFINIDO NO PRÓXIMO ANO

O senador Aécio Neves (MG), que será o candidato do PSDB à Presidência da República, rompeu com seu marqueteiro, informam na Folha desta terça-feira Natuza Nery e Vera Magalhães. O desenlace, consta, foi amigável. Renato Pereira tem um bom currículo na área. Fez as campanhas recentes de Sérgio Cabral — inequivocamente bem-sucedidas (o desastre posterior não tem nada a ver com ele) — e assinou um trabalho verdadeiramente hercúleo: conduziu, em 2012, a campanha de Henrique Capriles contra Hugo Chávez na Venezuela. Vencer era impossível, mas o desempenho do adversário do tirano foi muito bom: 44%. Pereira sabe como enfrentar ditaduras de opinião…

Informa a Folha:
“Nos bastidores, mesmo quando as chances de cancelamento do contrato já eram grandes, o senador se mostrava satisfeito com o resultado do seu programa partidário, veiculado em setembro, produzido por Pereira. Mas o pré-candidato pouco adotou os conselhos do marqueteiro para o segundo semestre. Tucanos afirmam que Renato Pereira insistia para que Aécio Neves rodasse o Brasil com uma agenda mais distante da política tradicional, enquanto o senador se concentrava em agendas partidárias.”
Má notícia
É, sem dúvida, uma notícia ruim para os tucanos, não tanto pela saída de Pereira — que dizem ser uma pessoa competente. O ponto é outro: fica claro que o PSDB ainda está em busca de um discurso e de uma estratégia. Até agora, como se nota, ainda não conseguiu ajustar o tom.
Escreve ainda a Folha:
“Aécio definirá a equipe em 2014. Aliados do senador gostariam que ele recorresse à dupla Rui Rodrigues e Paulo Vasconcellos, que fez as campanhas do partido em Minas desde 2002.”
Vamos ver. Uma coisa é certa: é um erro querer transportar para a esfera nacional a realidade regional. Sem conhecer Pereira, a recomendação de que se fugisse da “agenda tradicional” parece correta. Ou por outra: é preciso levar a disputa também para a esfera dos valores — que é o que se faz em qualquer país democrático do mundo. Sem encontrar esse eixo, não se constrói uma alternativa. E, até agora, ele não existe. Por Reinaldo Azevedo

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