sábado, 21 de dezembro de 2013

CMN LIMITA COMISSÕES DE CORRESPONDENTES QUE VENDEM EMPRÉSTIMOS CONSIGNADOS EM NOME DE BANCOS

O Conselho Monetário Nacional (CMN) limitará as comissões dos correspondentes bancários que fecham empréstimos em nome das instituições financeiras. A partir de janeiro de 2015, os correspondentes receberão à vista 60% do valor de cada operação contratada como comissão. Até agora, não há limite para o pagamento à vista. A medida tem como objetivo limitar a atuação dos pastinhas, pessoas contratadas pelos correspondentes bancários para fazerem propaganda das instituições financeiras e fecharem operações de crédito. De acordo com o chefe do Departamento de Regulação do Sistema Financeiro do Banco Central, Sérgio Odilon dos Anjos, esse trabalho tem sido importante para ampliar o crédito no País, mas traz riscos para a qualidade das operações. “Os correspondentes permitiram ao País ampliar a inclusão financeira por meio das pessoas físicas que falam em nome do banco. Mas parte dos correspondentes está levando pessoas a fazer crédito muito mais pela mecânica de concessão do que pela necessidade de contratar um empréstimo”, explicou Odilon: “O crédito mal concedido pode levar a um processo de inadimplência". Além de limitar o pagamento de comissões à vista, o CMN introduziu regras que punem os correspondentes e bancos que oferecem empréstimos com juros altos. Caso o cliente liquide o empréstimo com
antecedência, o correspondente deixa de receber a remuneração restante, paga em parcelas no prazo de vigência dos empréstimos. Além disso, caso o mutuário faça portabilidade (migre para outro banco com juros menores), o pagamento da comissão à vista cai para 3% do valor total do financiamento. Para dar tempo para os bancos se adaptarem, o Conselho Monetário determinou que a obrigação só valerá a partir de 2 de janeiro de 2015.

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