segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

CRESCE OCIOSIDADE DE INDÚSTRIAS DE SOJA NO BRASIL

A ociosidade das indústrias de esmagamento de soja do Brasil cresceu em 2013 ante 2012, com um pequeno aumento da capacidade instalada e uma redução do volume processado, disse a Abiove, entidade que reúne as grandes empresas do setor. A associação projeta que serão processadas 35,4 milhões de toneladas da oleaginosa em 2013, o que representa um uso de 60,3% da capacidade instalada. Em 2012, quando a capacidade era um pouco menor, as indústrias esmagaram 36,4 milhões de toneladas, equivalentes a 63,7% da capacidade instalada. "É por conta principalmente da tributação", disse o gerente de economia da Abiove, Daniel Furlan Amaral. Segundo ele, a estrutura tributária sobre o setor desestimula investimentos em novas plantas e incentiva que as empresas vendam o grão sem processamento. O principal entrave é o sistema do PIS e da Cofins, afirma o executivo. A empresa paga PIS/Cofins na aquisição da soja para o esmagamento, gera créditos tributários proporcionais, mas tem poucas opções para usar esses créditos. A maior parte dos produtos processados é desonerada, incluindo o óleo de soja. "Como já não tem mais operações tributadas, você fica com um crédito que praticamente não tem como ser usado. A solução seria a indústria ser ressarcida em dinheiro", disse Amaral. Dos cerca de 40% de ociosidade nas indústrias este ano, cerca de 10 pontos percentuais são de fábricas paralisadas e 30 pontos de capacidade não utilizada em indústrias em operação, analisou Amaral. Ante 2012, a capacidade instalada no País cresceu basicamente no Mato Grosso em 2013. O Estado registrou aumento de 9% da capacidade instalada, recuperando do Paraná o posto de maior processador de soja do País.

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