quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

ESPECIALISTAS RUSSOS DESCARTAM HIPÓTESE DE ENVENENAMENTO NA MORTE DE ARAFAT

Os especialistas russos encarregados de analisar as amostras dos restos mortais de Yasser Arafat concluíram que a morte do líder palestino ocorreu por causas naturais e descartaram um envenenamento com polônio, informou nesta quinta-feira a agência que realizou os testes. Arafat "faleceu de morte natural, e não devido a uma radiação", declarou Vladimir Uiba, diretor da Agência Federal de Análises Biológicas. Estas conclusões coincidem com as dos especialistas franceses. Os dirigentes palestinos responsabilizam Israel pela morte de Arafat. O embaixador palestino em Moscou afirmou nesta quinta-feira que a investigação sobre a morte de Yasser Arafat vai continuar, apesar do relatório de especialistas russos que conclui, como os franceses, que se tratou de morte natural. "Só posso dizer que decidimos continuar. Respeitamos sua posição (dos especialistas), outorgamos um grande valor a seu trabalho, mas decidimos continuar esse trabalho" de investigação, declarou Faed Mustafa. A exumação dos restos mortais do dirigente palestino foi realizada em novembro de 2012 por ordem dos juízes franceses encarregados de investigar o caso. Na ocasião, foram colhidas 60 mostras e distribuídas para ser analisadas por três equipes de investigadores: suíços, franceses e russos. Cada um realizou seu trabalho de forma individual, sem manter contato com os outros. No começo de dezembro a promotoria de Nanterre, próximo de Paris, afirmou que os especialistas franceses chegaram à conclusão da "ausência de envenenamento com polônio 210 (uma substância radioativa altamente tóxica) de Arafat". A intocada viúva do líder palestino, Suha Arafat, disse que recorreria deste relatório na justiça francesa. As causas da morte de Arafat, em novembro de 2003, após uma brusca deterioração de seu estado de saúde, jamais foram esclarecidas. "Continuo convencida de que o mártir Arafat não morreu por causas naturais", declarou Suha Arafat após a publicação do relatório francês, e se declarou "muito surpresa de que o relatório médico francês se resuma a quatro páginas".

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