segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

FAVELAS COM UPPs NO RIO DE JANEIRO VOLTAM A TER TIROTEIOS E BALEADOS

Com a credibilidade abalada por episódios de violência, as Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) enfrentam, desde a sexta-feira, uma onda de ataques. Quatro pessoas foram baleadas na Rocinha, entre a noite de sexta-feira e a manhã de sábado, período em que foram ouvidas na favela rajadas de tiros e estrondos de disparos de fuzil. Dois dos feridos são moradores e, os demais, policiais militares. Na manhã desta segunda-feira, mais um PM foi ferido a bala, na recém-inaugurada UPP do morro Camarista Méier, na Zona Norte. O militar foi surpreendido por criminosos e atingido no peito por um disparo. As unidades da PM em morros são o carro-chefe da política de segurança do governador Sérgio Cabral, e conseguiram fazer de favelas, antes impenetráveis locais, atualmente abertos à visitação, com pontos turísticos e eventos badalados – pelo menos nos morros menores e mais charmosos da Zona Sul. Uma série de crimes, no entanto, reacendeu nos moradores o temor de retorno do tráfico de drogas e, em alguns casos, a sensação de que a polícia instalada para um patrulhamento “de proximidade” em nada difere daquela que subia as ladeiras para descarregar suas armas. O caso de maior repercussão foi o desaparecimento, em julho, do pedreiro Amarildo de Souza. Onze policiais militares da UPP da Rocinha foram denunciados pelo crime, que, para o Ministério Público, teve requintes de crueldade, com tortura e ocultação do corpo do morador.

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