quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

FORTUNATI CONFESSA, APENAS DUAS OBRAS FICARÃO PRONTAS ATÉ A COPA DO MUNDO EM PORTO ALEGRE

O prefeito de Porto Alegre, José Fortunati (PDT), confirmou nesta quinta-feira que apenas duas das obras de mobilidade urbana previstas inicialmente para Copa do Mundo de 2014 na cidade ficarão prontas a tempo do Mundial. Os dois projetos que serão concluídos são o entorno do Estádio Beira-Rio (duplicação da Avenida Edvaldo Pereira Paiva, corredor de ônibus da Avenida Padre Cacique e viaduto da Rua Pinheiro Borda) e o viaduto da Avenida Júlio de Castilhos, no entorno da Estação Rodoviária. Ele admitiu candidamente, em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, na manhã desta quinta-feira: "São obras que poderiam ficar prontas para a Copa do Mundo. As demais são obras tiveram problemas e acabaram fugindo do nosso controle". O que ele não admite é a ocênica incompetência que levou a administração municipal a abrir um grande leque de obras, quanto não tinha garantia de disponibilidade de recusos para o pagamento das mesmas. Mais do que isso: o tal caderno de obras da Copa, desde o início, incluiu obras absolutamente mentirosas, que não seriam realizadas nem hoje nem em muitos anos futuros. São dois exemplos: 1) a continuidade da extensão da Avenida Severo Dullius (para fazer esta obra seria necessária a remoção de cerca de 200 mil toneladas de lixo do aterro da zona norte, na altura da cabeceira da pista do aeroporto Salgado Filho; impossível porque não havia autorização para a movimentação dessa quantidade de lixo e porque é incalculável o preço para retirar tal volume de lixo dali e destinar a um aterro sanitário); 2) a extensão da pista do aeroporto Salgado Filho (seria necessária a remoção de um milhão de toneladas de lixo do aterro da zona norte, o que é impossível por causa de decisão judicial da 3ª Vara da Fazenda Pública que obriga a prefeitura a apresentar um plano de remediação ambiental para toda a área onde estão depositados 15 milhões de toneladas de lixo). Pior do que isso: Fortunati, a esta altura da vida, acreditou que a presidente Dilma iria liberar dinheiro para ele aparecer como grande administrador. Resultado: hoje ele é um integral refém de Dilma Rousseff.

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