quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

GOVERNO CONCLUI MODELO PARA A CONCESSÃO DE FERROVIAS, DIZ MANTEGA

Depois de meses de discussão, o governo petista de Dilma Rousseff fechou o modelo econômico para os leilões de privatização de ferrovias, informou nesta quarta-feira o ministro da Fazenda, Guido Mantega. Segundo ele, o governo definiu os parâmetros dos financiamentos oficiais a serem concedidos aos leilões das linhas férreas, que ocorrerão no próximo ano. De acordo com o ministro, os vencedores dos leilões poderão pegar financiamentos oficiais com prazo de 30 anos, cinco anos a mais que os empréstimos concedidos nos leilões das rodovias, com cinco anos de carência e juros equivalentes à taxa de juros de longo prazo (TJLP) mais 2% ao ano. Os financiamentos estão limitados a 70% do valor do empreendimento, e a Valec (estatal criada para administrar a concessão de ferrovias) poderá comprar até 100% da carga. Para Mantega, essas condições, principalmente a participação da Valec, atrairão o interesse dos investidores. “É uma atividade segura para o investidor. É claro que uma ferrovia implica investimentos maiores e tem mais risco que rodovia. Então, é necessário que a Valec compre a carga”, disse ele. Segundo o ministro, existe concordância do setor privado em relação aos financiamentos oficiais. “Já capitalizamos a Valec e definimos mecanismos que dão segurança de que esses recursos sejam recebidos. Os concessionários e os bancos já concordaram. O modelo está fechado”, acrescentou Mantega. Os financiamentos, explicou o ministro, são necessários para dar segurança aos investidores porque as ferrovias envolvem investimentos de grande porte e de longo prazo. Para o ministro, os leilões das ferrovias e de portos impulsionarão o programa de concessões em 2014 e ajudarão a elevar os investimentos nos próximos anos. Mantega destacou que o aumento dos investimentos é essencial para elevar o crescimento do País nos próximos anos.

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