segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

GOVERNO DE BRASILIA INTERVÉM NA VIPLAN, MAIOR EMPRESA DE ÔNIBUS DO DISTRITO FEDERAL

O governo do petista Agnelo Queiroz decidiu decretar intervenção no Grupo Viplan, maior empresa de transportes coletivos do Distrito Federal, a partir desta segunda-feira. Os interventores já assumiram no controle de três empresas – a própria Viplan, a Condor e Lotáxi – que reúne 744 ônibus que operam 212 linhas em todo o Distrito Federal. A intervenção, coordenada pelo vice-governador Tadeu Filippelli, oficialmente denominada de “assunção”, foi realizada com o apoio da Polícia Militar, da Polícia Civil, do Corpo de Bombeiros e de servidores do governo do Distrito Federal nas áreas jurídica, contábil, administrativa e operacional. A intervenção inclui o imediato afastamento dos gestores das empresas, incluindo seu presidente, Vagner Canhedo. A medida foi deflagrada simultaneamente, nesta segunda-feira, nas oito garangens do Grupo Viplan, exatamente às 8h45, para não provocar qualquer tipo de transtorno, quando todos os ônibus já estavam nas ruas. As empresas do grupo sob intervenção somam a maior frota em circulação no Distrito Federal, com faturamento diário de quase R$ 1 milhão, R$ 400 mil dos quais em espécie. Com a intervenção, o governo do Distrito Federal pretende evitar um colapso no sistema de transporte coletivo. É que o Grupo Viplan lidera o sistema que está sendo substituído, e seus controladores têm liderado todas as ações que tentam impedir a realização e a consolidação da licitação que definiu as empresas que vão explorar o serviço. A Viplan, que ficou de fora da licitação, recusava-se a demitir seus empregados e, assim, impedir que eles fossem contratados pelas novas empresas, vencedoras da lictação. Por esse motivo, cerca de 1.000 ônibus novos se encontram nas garagens aguardando que novos motoristas os coloquem nas ruas. Ao mesmo tempo, afirmava não tem condições financeiras para cumprir suas obrigações. As ligações frequentemente promíscuas entre sindicalistas e empresários de ônibus liderados por Canhedo é outro fator que preocupou. Chegou-se a temer, no governo, que esses sindicalistas, solidários a Canhedo, pudessem de alguma maneira dificultar e até tumultuar a intervenção.

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