sábado, 28 de dezembro de 2013

GRUPO INVEPAR ESTUDA BR-040 DESDE 2009 PARA GANHAR O PROCESSO DE PRIVATIZAÇÃO

O presidente do Grupo Investimentos e Participações em Infra Estrutura S/A (Invepar), Gustavo Rocha, disse que a empresa está estudando desde 2009 a BR-040, tendo como principal trecho de interesse o arrematado na sexta-feira, devido ao potencial de crescimento das regiões abrangidas. “É uma rodovia que liga a capital da República à segunda maior cidade do País e à terceira maior cidade. É um grande desafio, com um processo de duplicação de 557 quilômetros ao longo de cinco anos, mas estamos muito tranquilos com nossa proposta e acreditamos no sucesso do projeto”. Ao todo, serão 11 praças de pedágio. Segundo Rocha, o perfil da rodovia é diversificado, sendo rota de passeio, trabalho, carga e carga geral, além de pegar um pouco da rota de escoamento: “Para nós, isso é bom, porque não dependemos de uma única atividade ou de movimento cíclico associado a essa atividade”. O Invepar foi o vencedor do leilão de privatização da BR-040 para os trechos do Distrito Federal, de Goiás e Minas Gerais feito na BM&FBovespa, na capital paulista. O grupo ganhou de outros sete concorrentes com oferta de pedágio de R$ 3,22 por cada 100 quilômetros (km) rodados, o que representou deságio de 61,13%. A tarifa-teto, estipulada pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) para o leilão da BR-040, foi R$ 9,54 para cada 100 km. A rodovia deverá ser concedida dentro do Programa de Investimento em Logística (PIL), do governo federal, que já licitou, entre outros trechos, a BR-050, entre Goiás e Minas Gerais, e a BR-163 em Mato Grosso. De acordo com a ANTT, a assinatura do contrato de concessão será no dia 6 de março de 2014. O segmento vai de Brasília, do entroncamento com a BR-251, até Juiz de Fora, em Minas Gerais. A previsão é que haja 11 praças de pedágio no trecho, que tem 936,8 quilômetros. O pedágio só pode ser cobrado depois de concluídas as obras de duplicação em 10% da rodovia. A previsão do governo é que sejam investidos R$ 7,92 bilhões ao longo de toda a concessão. Além das obras de duplicação, o vencedor deverá fazer a manutenção da rodovia e investir em melhorias. De acordo com o ministro dos Transportes, César Borges, o governo federal considera que a etapa de 2013 foi concluída com sucesso pela confiança das empresas no processo e a obtenção da modicidade tarifária devido à concorrência do mercado: “É um processo que inova por impor a duplicação em cinco anos, o que é desafiador mas dá confiança ao usuário. Ele sabe que em cinco anos terá a rodovia duplicada. E sabe também que o grupo só poderá cobrar o pedágio depois de 10% de trechos duplicados”. Borges destacou que o governo deve continuar o processo de privatizações rodoviárias para resolver os problemas de gargalos logísticos no País: “O modal rodoviário é o principal e ainda vai continuar sendo durante muito tempo porque não se muda de uma hora para outra. O que precisamos é incentivar o ferroviário para transporte de passageiros e cargas. No rodoviário, precisamos duplicar os grandes eixos”.

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