domingo, 29 de dezembro de 2013

ISRAEL LIBERTARÁ ESTA SEMANA 26 TERRORISTAS ASSASSINOS

Israel anunciou neste domingo o nome dos 26 prisioneiros palestinos, todos assassinos, que serão libertados esta semana dentro de um acordo costurado pelos Estados Unidos para a retomada das negociações de paz na região. Todos os prisioneiros foram condenados pela morte de israelenses (parte deles, palestinos israelenses, que moravam em Israel). A libertação, que deve ocorrer nesta segunda-feira, revoltou muitos israelenses. Sob forte pressão do secretário de Estado norte-americano, John Kerry, Israel e os palestinos retomaram as negociações de paz em julho. Como precondição, os palestinos tiveram de desistir da exigência para que Israel suspendesse a construção de assentamentos na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. Em troca, Israel concordou em libertar 104 prisioneiros palestinos. A libertação desta semana será a terceira de quatro fases. O governo israelense informou que os crimes foram cometidos antes do início das conversações de paz, em 1993. Todos cumpriram penas que variaram de 19 a 28 anos. Na Faixa de Gaza, a família de Rami Barbakh aguardava seu retorno. Barbakh ficou preso por quase 20 anos em Israel após ser condenado pelo assassinato de um israelense em 1994. Os parentes das vítimas israelenses, porém, protestaram contra a libertação. Meir Indor, chefe da Almagor, uma associação de famílias que perderam entes em ataques de militantes, acusou o governo de vender as vítimas. "Talvez as famílias dos assassinos fiquem felizes, mas é um dia triste para as vítimas do terror em Israel", disse Indor: "É uma mensagem para os assassinos, você pode matar um judeu e ser solto. Você tem a proteção de Kerry". O secretário de Estado norte-americano, que vem mediando as negociações, deve voltar à região esta semana para acalmar as tensões crescentes. Em resposta à libertação, Israel disse que aprovará formalmente a construção de 1.400 moradias na Cisjordânia e em Jerusalém Oriental. Se o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu não der esta satisfação aos partidos de direita que integram sua coalização de governo, a administração de Netanyahu simplesmente acaba, cai, se esfarela. Por isso, também neste domingo, uma comissão de ministros israelenses aprovou um projeto de lei para a anexação de uma parte da Cisjordânia próxima à fronteira entre Jordânia e Israel. O primeiro-ministro Benjamin Netanyahu disse que o país tem de estar presente nessa área como medida de segurança. Mesmo assim, o projeto de lei, apoiado por legisladores descontentes com as negociações de paz, não deve ser aprovado no parlamento.
A lista dos terroristas assassinos palestinos que serão libertados por Israel é a seguinte:
1) Muhamad Yusuf Adnan Ekafandi, preso em 13 de maio de 1992 pelo assassinato a punhaladas de dois jovens, Dan Rotkowitz e Yaniv Shaham, em Jerusalém; após o ataque, uma mulher israelense, Bella Freund, salvo o terrorista assassino de uma multidão que queria linchá-lo:
2) Farid Ahmed Shahade, preso no dia 16 de fevereiro de 1985, pelo assassinato em Jaffa de Yosef Farhan, suspeito de colabora com a inteligência de Israel;
3) Yakub Mohamed Ouda Ramadan, Afana Mustafá Ahmad Muhamad e Daagna Nufal Mahmad Mahmud, presos no dia 1º de abril de 1993 pelo assassinato a punhaladas de Sara Sharon, de 37 anos, em Holón, no dia 20 de janeiro de 1993;
4) Abu al Rub Mustafa Mahmud Faisal e Kamil Awad Ali Ahmad, condenados pelo assassinato do soldado Yoram Cohen, de 20 anos, do Exército de Israel, em um tiroteio na cidade de Jenin, na Cisjordânia; Ali Ahmad também foi condenado pelo sequestro, tortura e assassinato de 15 palestinos suspeitos de colaborar com Israel; Faisal foi condenado por homicídio em quatro outros casos deste tipo;
5) Damara Ibrahim, Mustafa Bilal, preso no dia 16 de junho de 1989 e condenado pelo assassinato de Steven Friedrich Rosenfeld, de 48 anos, um novo imigrante norteamericano; Damra e vários outros atiraram Rosenfield ao chão nas cercanias do assentamento de Ariel, na Cisjordânia; Damra o matou a punhaladas; seu corpo foi encontrado no dia seguinte por um pastor palestino;
6) Abu Mohsin Khaled Ibrahim Jamal, preso no dia 10 de abril de 1991, condenado pelo assassinato a punhaladas de Shlomo Yahya, um jardineiro de 76 anos, em um parque público de Moshav Kadima;
7) Tamimi Rushdi Muhammad Said, condenado pelo seqiuestro e assassinato de Haim Mizrahi, em 1993, em uma granja palestina, nas cercanias do assentamento de Beit El, onde vivia; Mizrahi tinha ido até o local para comprar ovos;
8) Silawi Khaled Kamel Osama, um dos tres palestinos condenados pelo assassinato de Moti Biton, em 1993; Biton foi
assassinado a balaços quando estava comprando verduras em uma tenda palestina; sua mulher, que estava do lado de fora, em um automóvel, abriu fogo contra seus atacantes, que detonaram uma bomba e fugiram; Biton ficou gravemente ferido e morreu três dias mais trde; Osama foi condenado também pelo assassinato e homicídio de quatro palestinos suspeitos de colaborar com Israel;
9) Sawafta Sudqi Abdel Razeq Mouhlas, condenado por assassina a punhaladas a Yosef Malka (Malkin) durante uma tentativa de rouba em sua casa, em Haifa, no dia 29 de dezembro de 1990;
10) Barham Fawzi Mustafa Nasser, preso no dia 20 de dezembro de 1993 pelo assassinato de Morris (Moshe) Edri, de 65 anos; Nasser apunhalou seu antigo empregados nas costas: ao ser preso, disse que realizou o assassinato para comprovar que era digno de entrar na organização terrorista islâmica Hamas;
11) Yusuf Ahmed Nuaman Al Shalvi, Mahmud Anis Aiman Jaradat e Ahmad Yusuf Bilal Abu Hassin, condenados pelo múltiplo assassinato de palestinos suspeitos de colaborar com Israel;
12) Mahmad Naim Shawmra Yunis, condenado pelo assassinato de Yosef Hayun, um polícia que morreu tentando desarmar uma bomba em Moshav Shekef, em junho de 1993;
13) Mahmud Muhammad Salman, preso no dia 6 de maio de 1994, e condenado pelo assassinato de shai Shoker; Salman estrangulou Shoker com um cordão de sapatos nas cercanias de Tira, no dia 2 de fevereiro de 1994;
14) Ahmed Ibrahim Jamal Abu-Jamal, condenado por tentativa de assassinato, deveria ser libertado em 2016;
15) Mahmud Ibrahim Abu Ali Faiz, condenado pelo assassinato de Roni Levy;
16) Zaki Rami Barbakh Jawdat, condenado pelo assassinato de Yosef Zandani;
17) Mustafa Ahmed Khaled Jumaa, condenado por assalto com agravante, deveria ser libertado em 2014;
18) Abu Hadir Muhammad Yassin Yassin, condenado em 1988 pelo assassinato de Yigal Sahaf, de 24 anos; Shahaf recibeu um disparo na cabeça quando estava caminhando com sua mulher pela Cidade Velha e se dirigia ao Hotel Hamarabí (Muro Occidental, conhecido no mundo ocidental como Muro das Lamentações); a arma havia sido comprada de um judeu israelense; Yassin seria libertado em 2016;
19) Muammar Ata Mahmoud Mahmoud e Salah Khalil Ahmad Ibrahim, condenados pelo assassinato do professor de história Menahem Stern, da Universidade Hebrea de Jerusalém; Stern, de 64 anos, que havia sido premiado com o prestigioso Prêmio de Israel, fue apunhalado quando caminhava no campus de Givat Ram, da universidade, no dia 22 de junho de 1989; Ibrahim tambem foi condenado pelo assassinato de Eli Amsalem; os dois assassinaram Hassin Zaid, um palestino suspeito de colaborar com Israel;
20) Taqtuq Lutfi Halma Ibrahim, preso no dia 3 de março de 1989, condenado pelo assassinato a balaços do soldado Biniamín Meisner, no dia 24 de fevereiro de 1989, em Nablus (Cisjordania).

Nenhum comentário: