sábado, 14 de dezembro de 2013

JUSTIÇA DETERMINA SEQUESTRO DE CASA DE PRAIA DA FAMÍLIA DA EX-PREFEITA DE PAROBÉ

O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado do Ministério Público (Gaeco) cumpriu ordem judicial de sequestro de uma casa de praia em um condomínio de luxo em Xangri-lá, no Litoral Norte gaúcho na última quinta-feira. De acordo com o despacho da Justiça, foram arrolados todos os bens da residência. Um leiloeiro da região foi designado como fiel depositário, já que a casa está à venda, orçada em R$ 700 mil, e possui 278 metros quadrados. O pedido foi feito pela Promotoria de Justiça de Parobé como desdobramento da Operação Guarujá, realizada em outubro de 2012, com a intenção de que, após o trânsito em julgado da denúncia, ajuizada em dezembro de 2013, seja decretada a perda do bem em favor do Município de Parobé. Os recursos para a compra do imóvel, conforme as investigações do promotor Fernando Sgarbossa, são de origem direta e indireta da prática de crimes conta a Administração Pública cometidos pela ex-prefeita Gilda Maria Kirsh. No entanto, para encobrir a propriedade fática do bem, as escrituras estão em nome de parentes, mas os boletos de cobrança de condomínio foram encontrados no domicílio da ex-prefeita em Parobé, durante o cumprimento dos mandados de busca da Operação. De acordo com as investigações, entre 2009 e 2012, Gilda Maria Kirsch desviou verbas públicas em valores superiores a R$ 1,57 milhão. Para tanto, ela agiu em comunhão de esforços e acordo de vontades com seu esposo e Secretário de Gestão e Controle, Cláudio José Vitt Barros; e com o Secretário do Meio Ambiente, Alexandro de Oliveira. Também são demandados pela ação penal o ex-vereador Edson Loriston Lovatto, o ex-Vereador Vandro da Silva e os representantes das empresas Transportes JC Lopes, Sil Soluções Ambientais, Daí Pra Conservação e Limpeza e Komac Rental Locadora de Máquinas. No total, 16 pessoas responderão pelos crimes de formação de quadrilha, fraude na licitação para os contratos de coleta e transporte de resíduos sólidos urbanos de Parobé e corrupção ativa e passiva. Além da fraude licitatória, o Ministério Público descobriu que houve pagamento de propina aos agentes públicos, que variava entre 6% a 20% do que era destinado à empresa JC Lopes.

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