quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

NO PLENÁRIO DA CÂMARA, BANDIDO MENSALEIRO JOÃO PAULO CUNHA ACUSA MINISTRO JOAQUIM BARBOSA DE "CONDUÇÃO SELETIVA" NO PROCESSO DO MENSALÃO DO PT

Condenado a 9 anos e 4 meses de prisão por peculato, lavagem de dinheiro e corrupção passiva no processo do Mensalão do PT, o bandido mensaleiro deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), ex-presidente da Câmara dos Deputados, subiu ao plenário na tarde desta quarta-feira para fazer um discurso em que, nas suas palavras, "presta contas" aos seus eleitores. Em 44 minutos de pronunciamento, o bandido mensaleiro fez críticas à condução considerada por ele "seletiva" do ministro Joaquim Barbosa no processo, exaltou sua condução frente à presidência da Casa e disse não ter enriquecido com a política. O parlamentar apontou o que considera inconsistências no trabalho do relator do processo do Mensalão do PT, ministro Joaquim Barbosa: "É ou não é um ministro que trabalha com informações seletivas? É, eu mesmo respondo. É sim. Os réus da ação foram condenados sem provas e contra as provas". As acusações orais a Joaquim Barbosa ratificaram o que estava escrito em uma cartilha distribuída antes do discurso aos colegas, intitulada "A Verdade - Nada mais que a verdade". "Não busca, assim, a verdade e a justiça, usando quando lhe interessa as informações para condenar. Quando as provas são a favor dos réus ele as despreza", diz o texto. "O Supremo tem que dizer de onde eu desviei recursos", declarou. Ele afirmou que não praticou peculato e negou irregularidades nos contratos de publicidade durante sua gestão na presidência da Casa: "Não tenho medo de assumir as coisas que eu faço". O bandido mensaleiro petista João Paulo Cunha citou medidas adotadas quando ele era presidente da Câmara, entre 2003 e 2005, e disse que trouxe transparência para a Casa. Ainda rebatendo as acusações do processo, ele afirmou que suas contas foram aprovadas pelo Tribunal de Contas da União: "Não há um real de desvio nos contratos da Câmara e eu pago por peculato". Ainda criticando o processo do Mensalão do PT, o bandido petista mensaleiro João Paulo Cunha disse que juiz não disputa a opinião pública, porque não precisa disputar mandato a cada quatro anos: "Juiz, desde a sua origem, guarda certo recato e é cândido". Segundo ele, "ainda vai ter muita coisa a se discutir sobre o processo do mensalão": "Engana-se quem pensa que o processo se encerrará em breve, com as prisões ou com os embargos". O bandido petista mensaleiro João Paulo Cunha aguarda o julgamento dos recursos chamados embargos infringentes para o trânsito em julgado da sua condenação por formação de quadrilha. No caso de uma decisão favorável ao réu, a pena imposta a ele pode ser reduzida a menos de 8 anos de prisão, o que lhe permitirá cumprir em regime semiaberto. Se for mantida a atual condenação, ele deverá cumprir pena inicialmente em regime fechado. Em um pronunciamento emotivo, o bandido mensaleiro João Paulo Cunha disse sofrer com o processo, mas afirmou que a dor o "faz mais forte". E teve a pretensão de se comparar ao ex-presidente sul-africano Nelson Mandela: "Mandela cumpriu preso 27 anos de prisão e não saiu menos indigno do que quando entrou". O bandido petista mensaleiro lembrou que está há 20 anos na Câmara e "nunca tive nenhum processo em minha vida": "Fiz opção pelo silêncio porque aproxima a gente da gente mesmo". João Paulo classificou ainda o processo do Mensalão do PT de cruel e duro, mas disse que ele "há de ser enfrentado".

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