segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

O PEREMPTÓRIO PETISTA "GRILO FALANTE" TARSO GENRO MANDA RECADO AO PDT E CONSIDERA APROXIMAÇÃO COM TUCANOS "INCOMPATÍVEL"

O governador do Rio Grande do Sul, o peremptório petista "grilo falante" Tarso Genro, disse nesta segunda-feira, durante a posse de três novos secretários estaduais, que o Estado não aceita mais voltar ao "atraso e à mesquinhez" e nem ao cenário de "política paroquial" e de "brigas internas". O recado foi uma referência velada ao PDT, que deixou o governo após três anos de administração para apostar na candidatura do deputado federal Vieira da Cunha ao Piratini em 2014. Durante a posse, os três secretários do PDT que entregaram os cargos se despediram com um "até breve" e com críticas à orientação do partido. O ex-secretário do Esporte e Lazer, Khalil Sehbe, disse que trabalhará a partir de agora como "voluntário para qualquer ação" do governo: "Foram os três anos mais felizes da minha vida pública. A partir de agora serei um homem comum ao lado das boas causas". O ex-secretário dos Municípios e Relações Institucionais, Afonso Motta, também criticou a decisão do PDT de se afastar do governo petista no Rio Grande do Sul. Segundo ele, a opção de valorizar "soluções fiscais pragmáticas distantes do campo popular" reflete a disputa que se trava no campo global, nacional e local sobre o papel do Estado na vida pública. Já o peremptório petista "grilo falante" Tarso Genro foi mais longe. Disse que o atual governo cresceu com base no pluripartidarismo, no diálogo com as forças sociais e em um programa de governo coerente. E criticou o rompimento do que chamou de "unidade original" feita no Estado. "Não há juízo negativo sobre os secretários. Somos um governo de partidos e quero reiterar isso de maneira plena. Os partidos e os políticos em geral estão sendo colocados como obstáculos ao progresso, ao desenvolvimento e à democracia. Vejo isso como uma estratégia tecnocrática da direita para desconstruir o projeto democrático propiciado pela Constituição de 1988", afirmou. O governador disse ainda que uma aproximação entre o senador Aécio Neves (PSDB) e o candidato do PDT ao governo estadual é "incompatível" com a tradição do trabalhismo, tanto em nível estadual quanto nacional. Vieira da Cunha procurou o senador para propor uma conversa com vistas ao apoio do PDT à candidatura tucana no Rio Grande do Sul em troca de apoio ao PDT na eleição estadual. Um eventual apoio do PSDB deverá trazer de carona o DEM, que já fechou aliança com os tucanos no Estado. "Acho isso incompatível com a tradição do PDT, mas imagino que ele saiba o que está fazendo", disse o "grilo falante" Tarso Genro. Em matéria de incompatibilidades, os petista parecem reclamar a exclusividade dessa prática. Os exemplos mais tocantes são Paulo Maluf e José Sarney.

Nenhum comentário: