segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

OITO EMPRESAS APRESENTAM PROPOSTAS PARA LEILÃO DE PRIVATIZAÇÃO DA BR-040

Oito empresas entregaram propostas para participar do leilão de privatização da rodovia BR-040, que corta o Distrito Federal e os Estados de Goiás e Minas Gerais. O pleito está marcado para as 10 horas de sexta-feira, na BM&F Bovespa, em São Paulo. O prazo de entregas se encerrou ao meio-dia desta segunda-feira. O último lote de documentos chegou à sede da BM&FBovespa faltando apenas quatro minutos para o fim do prazo. Os executivos da Contern, controlada do Grupo Bertin, entraram correndo no prédio, com os pacotes embaixo dos braços. Eles vão participar sozinhos da disputa, em vez de integrar algum consórcio.Além deles, Triunfo Participações e Investimentos (TPI) - a primeira a entregar a proposta -, Queiroz Galvão, CCR, EcoRodovias, Invepar, Fidens e Grupo Encalso enviaram representantes nesta segunda-feira para a entrega dos documentos à Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT). Analistas de mercado já haviam comentado que este leilão seria disputado. O vencedor será aquele que oferecer o maior deságio sobre o valor-teto da tarifa do pedágio estabelecida pelo governo petista, de 8,29763 reais por 100 quilômetros (0,09743 por km). A BR-040 possui 936,8 quilômetros de extensão desde o entroncamento com a BR-251/DF-001 no Distrito Federal até o início do trecho administrado pela concessionária Concer, que é controlada pela própria Triunfo.O vencedor do leilão vai realizar obras de recuperação, operação, manutenção, conservação, implantação de melhorias e ampliação de capacidade da rodovia. O prazo da privatização é de 30 anos e os investimentos estão estimados em cerca de 8 bilhões de reais. A permissão para a concessionária cobrar tarifa só será dada após a conclusão de, ao menos, 10% das obras. O governo já tentou leiloar a BR-040 no fim de janeiro de 2013, mas foi postergado em meio a sinalizações da iniciativa privada de problemas do projeto. Desde então, intensas negociações entre representantes dos investidores e governo tornaram o modelo de privatização mais atrativo. Houve aumento da taxa interna de retorno (TIR), de 5,5% para 7,2%, e premissas de crescimento da economia brasileira do tráfego mais conservadoras. O leilão da BR-040, último do ano, mostrou-se o mais competitivo em relação ao número de participantes entre todos os realizados dentro do pacote de privatizações rodoviárias do governo Dilma Rousseff. O leilão da BR-040 faz parte do Programa de Investimento em Logística (PIL) anunciado pela presidente Dilma Rousseff no ano passado. Este é a quinta licitação de privatização de rodovias este ano. A mais recente foi a do trecho no MS da BR-163, leiloado na semana passada, cujo vencedor foi a CCR. Há duas semanas, a Triunfo Participações venceu a concorrência da rodovia que liga Brasília e Betim, na região metropolitana de Belo Horizonte, com trechos das BRs 060, 153, 262, com deságio de 52%. O trecho da BR-163 em Mato Grosso foi privatizado em novembro, após uma oferta agressiva da Odebrecht Transport. Em setembro, o consórcio Planalto venceu o leilão de privatização do trecho da BR-050 entre Goiás e Minas Gerais. O governo petista de Dilma Rousseff tentou leiloar o trecho da BR-262, que liga a BR-101 no município de Viana (ES) até a BR-381 em João Monlevade (MG), em setembro, mas não houve interessados nessa privatização. A idéia é que o edital do trecho seja refeito e ele seja novamente oferecido à iniciativa privada.

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