sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

PPS QUER DEPOIMENTO DE LULA NA COMISSÃO DA VERDADE, ELE É ACUSADO DE SER INFORMANTE DA DITADURA MILITAR, E MARIA DO ROSÁRIO SUMIU DE CENA

Em maio de 1980, Tuma Júnior protegeu Lula na saída da sua prisão no Dops. Tuma Júnior já era da polícia. Foi destacado por seu pai para funcionar como espécie de guarda-costas de Lula naquele momento. O PPS acaba de protocolar um requerimento na Comissão da Verdade para que Lula seja ouvido pelos conselheiros. O motivo é o relato de Romeu Tuma Jr. em seu recém-lançado "Assassinato de Reputações – Um Crime de Estado". O deputado Rubens Bueno fundamenta assim o seu pedido: "Há uma acusação feita nesse livro contra o ex-presidente Lula que é referente ao período da ditadura militar (…):  o ex-presidente teria sido informante do seu pai, o ex-delegado Romeu Tuma, junto ao Dops, famoso órgão repressor de movimentos políticos e sociais (…). Trata-se de um fato que precisa ser investigado pela Comissão da Verdade. A ministra Maria do Rosário sumiu do noticiário desde que se teve notícia sobre o livro. Tuma Júnior denuncia no seu livro que Lula foi recrutado como ganso, por seu pai, Romeu Tuma, então delegado do Dops em São Paulo, na época da ditadura, sob o codinome Barba. Ele conta que graças às relações "amistosas" de Romeu Tuma, mais tarde senador, com Lula, tudo ficou mais fácil para a nomeação de Tuma Júnior para o decisivo cargo de secretário nacional da Justiça, sob a direção do então ministro Tarso Genro. No livro, Tuma Júnior conta que Tarso Genro "azucrinava seu ouvido como grilo falante", exigindo investigações e formação de dossiês contra seus inimigos políticos. Esta semana, em nota educadíssima e cheia de dedos com Tuma Júnior, Tarso negou tudo, mas o delegado avisou que tem provas do que fala. No livro "O que sei de Lula", o jornalista José Nêumane Pinto já tinha contado que Lula foi recrutado por Romeu Tuma e que só emplacou CUT e PT porque o general Golbery do Couto e Silva garantiu seus movimentos, visando desconstruir os líderes exilados que estavam voltando, com ênfase para Leonel Brizola, que foi mal recebido e até hostilizado quando foi a São Paulo.

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