sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

TUMA JR DIZ QUE GOVERNO DO PT, INCLUSIVE O "GRILO FALANTE" TARSO GENRO, MONTARAM UMA "USINA DE DOSSIÊS" NO MINISTÉRIO DA JUSTIÇA

O delegado Romeu Tuma Jr, em seu livro , acusa diretamente seu ex-chefe, o então ministro e hoje governador do Rio Grande do Sul, o peremptório "grilo falante" petista Tarso Genro. Ele é chamado pelo delegado de "grilo falante" porque era ele quem dirigia a usina de dossiês e a todo momento pedia ações contra desafetos políticos. Tuma Júnior ajudou Tarso Genro na campanha eleitoral de 2010 em Porto Alegre. Ele revelou que, na época, a Polícia Federal foi usada como Polícia Política. Com 557 páginas, "Assassinato de Reputações - um Crime de Estado" (editora Topbooks) traz o depoimento do ex-secretário nacional de Justiça Romeu Tuma Jr., 53 anos, ao jornalista Claudio Tognolli. O delegado ocupou o cargo durante todo o período em que Tarso Genro foi ministro da Justiça. Tarso Genro foi chefe de Tuma Júnior. No livro "Assassinato de Reputação", ele conta que o ministro "azucrinava meus ouvidos", pedindo investigações e dossiês contra adversários políticos, citando o caso do governador Marconi Perillo. Em uma das passagens do livro, o delegado narra que descobriu uma conta do petista José Dirceu nas Ilhas Cayman, na qual eram depositados valores sujos do Mensalão do PT, mas que Tarso Genro não quis investigar e sentou em cima do caso. As denúncias sobre a usina de dossiês montada pelo atual governador petista constam também do livro "O que sei de Lula", do jornalista José Nêumanne Pinto. No livro de Nêumanne Pinto, editorialista do Estadão, página 293, são listadas as operações levadas a cabo pela Polícia Federal para atingiram sobretudo políticos. Os números são os seguintes:
Governos Lula
Sob a administração do ministro Márcio Thomaz Bastos
2003-2004 - 292 operações, 153 políticos investigados.
A partir de Tarso Genro no ministério da Justiça
2007 - 188 operações, 54 políticos investigados.
2008 - 235 operações, 101 políticos
2009-2010 - 288 operações, 69 políticos
Isto significa que, durante todo o primeiro governo Lula, sem Tarso Genro, a Polícia Federal desfechou 292 operações, enquanto no segundo governo do PT, já com Tarso Genro no Ministério da Justiça, ocorreram 711 operações, revelando seu caráter autoritário, policialesco. Foram investigados e submetidos à execração pública 153 políticos sob Márcio Thomaz Bastos, número que pulou para 224 com Tarso Genro. Neste regime de terror político, desafetos seus no Rio Grande do Sul foram presos preventivamente, algemados, expostos propositadamente diante das câmeras de fotógrafos e cinegrafistas da RBS, atacados pela imprensa e tornados reféns de vazamentos diários - um linchamento moral e um assassinato de reputações em precedentes na história do Rio Grande do Sul. O caráter político do uso da Polícia Federal foi tão devastador que seu chefão no Estado, o delegado Ildo Gasparetto, chegou a ser escolhido Personalidade Política do Ano pela Federasul, o que é inédito no Estado. A homenagem foi mais um gesto de vassalagem de parcela botocuda do empresariado provinciano do Rio Grande do Sul do que de reconhecimento.

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