terça-feira, 7 de janeiro de 2014

ALEXANDRE PADILHA E FERNANDO HADDAD SÃO A MESMA PESSOA

Padilha-Haddad (foto Moacyr Lopes Junior - Folhapress)
O ainda ministro da Saúde, Alexandre Padilha, anunciou que já fez a sua mudança para São Paulo. É, não custa ter alguma intimidade com o Estado que ele pretende governar. Sim, é paulista e paulistano, mas sua carreira política se fez bem longe. Era filiado ao PT do… Pará. Lula o escalou para a tarefa, seguindo o figurino Fernando Haddad — antes dos sucessivos desastres do petista na gestão da maior cidade do país. Os dois posaram (Emir Sader escreve “pousaram”) nesta segunda para fotos, como se vê na imagem acima (foto: Moacyr Lopes Júnior/Folhapress). Como produto político, eles são a mesma pessoa. Não! São a mesmíssima!
Os dois representam uma “novidade” no quadro da disputa eleitoral. Haddad, segundo Lula, foi “o melhor ministro da Educação da história destepaiz” — afirmação que escarnece do bom senso. E Padilha, claro!, “o melhor ministro da Saúde da história destepaiz”, afirmação que vai além do escárnio. Ambos têm aquele jeito “coxinha” de ser, representando o que chamo de “petista que não suja o shortinho”, com cara de bons moços e de bons genros… Representariam, para ficar numa caracterização que não é minha, um “PT vegetariano”, em oposição aos radicais, ao “PT carnívoro”. Discordo dessa leitura, é claro. Eu a considero até meio herbívora.
Os desastres da gestão de Fernando Haddad em São Paulo derivam de sua incompetência como gestor, mas também de sua ideologia. Como esquecer que esse rapaz chamou, em livro, de “moderno” o sistema soviético? Padilha é o ministro que organizou, à socapa, a vinda dos escravos cubanos para o Brasil, fantasiados de médicos. “Ah, o programa é popular”. Eu não disse o contrário. O Fome Zero é um dos programas mais bem-avaliados da gestão Lula sem nunca ter saído do papel. A popularidade de um programa não traduz a sua qualidade. Ao contrário do que expressam na fachada, ambos representam um PT bem mais ideológico — nefastamente ideológico — do que as vertentes oriundas do sindicalismo, estas, sim, pragmáticas. Haddad, com sua aparência limpinha, enganou boa parte da classe média. E tentou, depois, enfiar nas suas costas a faca do IPTU escorchante. Só foi contido pela Justiça. E segue punindo os “ricos” (vocês sabem, os ricos de Uno Mille…) com seu “faixismo”. Agora chegou a vez de oferecer outro docinho aos “reacionários de São Paulo” (como quer Marilena Chaui…). Os dois aparecem ali na foto. Depois do municipal, Lula quer agora um Haddad estadual. Por Reinaldo Azevedo

Nenhum comentário: