quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

BRASIL IMPORTOU MAIS DE US$ 40 BILHÕES EM PETRÓLEO E DERIVADOS EM 2013, AS COMEMORAÇÕES DE AUTOSSUFICIÊNCIA DE LULA E DILMA ERAM UMA GIGANTESCA FRAUDE PUBLICITÁRIA

As importações de petróleo e derivados superaram a marca de 40 bilhões de dólares em 2013, em uma tendência que tem feito estragos na balança comercial brasileira e no caixa da Petrobras nos últimos anos. O déficit da conta petróleo saltou para 20,277 bilhões de dólares em 2013, ante déficit de 5,379 bilhões de dólares em 2012, mostraram dados da Secretaria de Comércio Exterior divulgados nesta quinta-feira. As importações de petróleo bruto subiram 20,8% em 2013, para 16,32 bilhões de dólares, contribuindo para que o Brasil fechasse o ano com o pior desempenho comercial em mais de uma década. As compras externas dos demais produtos da cadeia, como combustíveis e lubrificantes, tiveram aumento de 9,5%, atingido 24,18 bilhões de dólares em 2013. Nos últimos anos, o Brasil passou de exportador a importador de gasolina para dar conta do aumento da frota de veículos, que cresceu expressivamente. O País também é deficitário em óleo diesel, derivado que responde por boa parte das compras externas da Petrobras. As importações têm afetado os resultados da Petrobras, já que a estatal não repassa para os consumidores o custo total das aquisições no exterior. Além de elevar expressivamente importações de gasolina e diesel, a Petrobras reduziu as exportações de petróleo porque precisou aumentar a carga processada em suas refinarias no Brasil. A estatal bateu em 2013 sucessivos recordes de refino com o aumento da produção de derivados, com refinarias chegando a operar quase que no limite de sua capacidade instalada. As exportações de petróleo bruto somaram 12,96 bilhões de dólares em 2013, com queda de cerca de 36% ante 2012. As exportações de óleos combustíveis caíram cerca de 23%, para 3,87 bilhões de dólares. A produção de petróleo da Petrobras ficou estagnada em 2013 em meio a paradas de manutenção de suas plataformas. Normas de funcionamento mais rígidas da agência reguladora tornou as paradas mais frequentes nos últimos anos. A produção, porém, deve crescer em 2014, com a entrada em operação de várias unidades, com boa parte do aumento da extração no pré-sal. A expectativa do governo é que, com melhores perspectivas na produção, o déficit seja reduzido. A balança comercial brasileira registrou superávit irrisório de 2,561 bilhões de dólares em 2013, no pior resultado comercial desde 2000.

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