terça-feira, 28 de janeiro de 2014

CLAUDIO JANTA, FORÇA SINDICAL E PARTIDO SOLIDARIEDADE TENTAM DAR UM JOGO DE BRAÇO NA GREVE DE ÔNIBUS QUE É LOCKOUT, QUEREM PASSE LIVRE, É O CONTRIBUINTE PAGANDO A CONTA

Ao ser informado da decisão judicial que determinou que 70% da frota de ônibus deve ser mantida nos horários de pico (das 5h30 às 8h30 e das 17h às 20h dos dias úteis), o Sindicato dos Rodoviários de Porto Alegre, dominado pela Força Sindical, do vereador Claudio Janta, também dono do Partido Solidariedade no Rio Grande do Sul, anunciou que vai entrar com um embargo declaratório pedindo que 100% dos coletivos trafeguem em passe livre. Disse ele: "Eu quero o melhor para a população, quero 100% com passe livre. Isso é melhor do que 70%, que só vai causar um sentimento de quase normalidade. Vamos protestar com passe livre, com ônibus cheios. Ainda hoje entraremos com o embargo". É mais escrachada e rematada demagogia já vista na capital gaúcha. Passe livre significa que a prefeitura é obrigada a pagar a integralidade das passagens para os donos das empresas de ônibus. Ou seja, mais uma vez se comprova que a greve que afeta o transporte coletivo em Porto Alegre não é uma greve, mas um lockout, promovido pelos donos das empresas de ônibus, que querem aumento das passagens, com o apoio da Força Sindical, do Sindicato dos Rodoviários e do Partido Solidariedade. Em caso de descumprimento, o sindicato deverá pagar multa diária de R$ 50 mil. A decisão atende em parte ao pedido da prefeitura, que era de colocar 70% do efetivo na rua nos horários de pico e 50% nos outros períodos. No despacho, a desembargadora Ana Luiza Heineck Kruse agendou uma reunião de mediação para as 17h desta terça-feira. Foram chamados para a audiência o sindicato patronal, o Sindicato dos Rodoviários, o Ministério Público do Trabalho, a Empresa Pública de Transporte e Circulação e a Prefeitura de Porto Alegre. A juíza bem que poderia determinar a realização daquilo que Tribunal de Contas e Ministério Público tanto se negam a fazer: uma aprofundada auditoria patrimonial nas empresas e nos proprietários de ônibus. Só assim se descobriria o verdadeiro custo de operação dos ônibus e qual deve ser o verdadeiro valor da passagem.

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