quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

COMISSÃO DE ÉTICA DEVE AVALIAR CASOS DA PETISTA IDELI SALVATI E DE CARLOS LUPI NA PRÓXIMA REUNIÃO

A Comissão de Ética Pública da Presidência da República ainda não tem uma decisão consensual sobre a conduta da ministra de Relações Institucionais, a petista Ideli Salvatti, que usou um helicóptero do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) para participar de eventos em Santa Catarina. O relator do caso, Horácio Raymundo de Senna Pires, votou por uma advertência à ministra, mas outro conselheiro pediu vista da representação. Segundo o presidente do colegiado, Américo Lacombe, o relator decidiu analisar separadamente a conduta ética e legal da ministra. “O relator achou que havia uma falta ética, sem violação de nenhum regulamento nem norma jurídica”, disse. Pires não recomendou a exoneração de Ideli. Para Lacombe, como a análise do caso está suspensa e o pedido de advertência ainda não foi decidido, o relator pode, inclusive, voltar atrás no voto. “Há o fato de que o helicóptero poderia socorrer vítimas. O relator não considerou se realmente houve, ou não, vítimas”, disse Lacombe, após encerrar a reunião deste mês. A Comissão de Ética decidiu também pedir explicações ao ex-ministro do Trabalho, Carlos Lupi, sobre reportagem publicada na revista Isto É desta semana, segundo a qual ele recebeu propina para autorizar a criação de sindicatos enquanto ocupava a pasta. Lacombe explicou que, se isto for confirmado, foram fatos ocorridos ainda no exercício do cargo de ministro. "Um ex-ministro pode receber a pena de censura”, disse. A comissão vai aguardar as explicações e demais informações de Lupi sobre o caso e deve analisar os documentos na reunião de fevereiro.

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