sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

DIRETOR DA GM DIZ A MANTEGA QUE AS DEMISSÕES NA FÁBRICA DE SÃO JOSÉ DOS CAMPOS SÃO IRREVERSÍVEIS

As demissões em uma das oito fábricas da General Motors (GM), em São José dos Campos (SP), responsável pelo veículo modelo Classic, são irreversíveis, disse na tarde desta sexta-feira Luiz Moan, diretor de assuntos institucionais da General Motors (GM) e presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea). A declaração de Moan foi dada a jornalistas no prédio da presidência da República, na Avenida Paulista, em São Paulo, após ele ter sido convocado para uma reunião pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega. Moan disse que prefere conversar com o sindicato dos trabalhadores antes que o número de demissões seja oficializado. No entanto, declarou que as demissões vão atingir 1.053 trabalhadores, número que engloba os funcionários que já aderiram aos quatro Programas de Demissão Voluntária (PDV) feitos durante todo o ano passado. Moan não confirmou o número de empregados que já aderiram ao PDV. Os funcionários que não aderiram ao PDV foram comunicados sobre a demissão no final de dezembro. “Tivemos agora uma reunião com o ministro Guido Mantega, que está muito preocupado com as notícias advindas da nossa fábrica em São José dos Campos”, disse Moan. Segundo ele, durante a reunião, o ministro foi informado de que as demissões são irreversíveis: “Não há a mínima chance de reversão. Em apenas uma das oito fábricas lá existentes, que é a de montagem de veículos leves, estamos tendo dificuldade neste momento. Esta dificuldade começou desde 2008 quando, nessa fábrica, montávamos quatro modelos de veículos e, em função de insucesso na negociação da GM com o sindicato local, os investimentos de reposição de novos modelos não foram feitos em São José dos Campos”. A unidade, que produzia o modelo Classic, encerrou a produção em agosto do ano passado, informou Moan. “Desde agosto, a GM colocou esses funcionários em licença remunerada e arcou com todos os salários até 31 de dezembro, para cumprir um acordo que foi assinado com o sindicato”, disse. O acordo com o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, dominado pelos comunistas ultra-radicais do PSOL, foi assinado em janeiro do ano passado.

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