sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

ENTENDA A GREVE DOS MOTORISTAS DE ÔNIBUS DE PORTO ALEGRE E O QUE ESTÁ ENVOLVIDO

A greve geral dos motoristas e cobradores de ônibus em Porto Alegre deverá continuar. É uma greve selvagem, que está envolvendo o controle do sindicato dos trabalhadores do transporte coletivo na capital gaúcha, entre a Força Sindical e o PSOL, da filha do governador petista "grilo falante" Tarso Genro. A greve já começou levando meio de arrastão a direção do sindical, que procurou tomar a sua dianteira. A Força Sindical achou que poderia comandar o movimento, tendo o apoio deliberado dos tubarões donos das empresas de ônibus. Ou seja, a greve se tornou um lockout. Mas, a partir de certo momento, durante a semana, o jogo virou. Pressionados pela Justiça, Força Sindical e patrões quiseram fazer um acordo e acabar a greve, dando tempo para negociações. Só que esqueceram de perguntar aos "russos" se aceitavam o acordo. E a chamada "base" mandou a direção sindical pastar. A Força Sindical iniciou a greve para dar uma sinalização de sua importância e também para ganhar projeção política, porque agora ela tem um partido político, o Solidariedade, comandado no Rio Grande do Sul pelo vereador Claudio Janta. Os empresários ordenaram a realização do "lockout" por duas razões muito simples; 1) querem aumento do preço das passagens, que estão congeladas por ordem judicial; 2) querem intimidar a prefeitura e o prefeito José Fortunati (PDT) para que não saia a licitação para contratação das linhas de ônibus. Os trabalhadores querem aumento salarial porque é época de reajuste da remuneração anual dos seus rendimentos. O prefeito José Fortunati não estava dando a menor atenção para a greve, tanto que havia sido de férias, depois de ter passado o reveillon em Nova York, hospedado no luxuoso Waldof Astoria Hotel. Precisou voltar às pressas para tentar retomar o controle da cidade. Nesta sexta-feira ele pediu que a Brigada Militar desce segurança para que os ônibus possam sair às ruas. O governador petista Tarso Genro, cuja filha, do PSOL, lidera a greve, recusou os serviços da Brigada Militar. Fortunati ameaça pedir a intervença da Força Nacional. Porto Alegre se tornou um campo de manobras políticas envolvendo inclusive o governo federal petista. E a população segue sofrendo intensamente durante uma semana, sem transporte, sem poder procurar atendimento médico, ir ao trabalho, enquanto nada funciona na cidade. Para completar, em meio a um calor infernal, faltam água e lux em vários bairros de Porto Alegre. A capital da Síria, Damasco, parece ter se transportado para a beira do rio Guaíba.

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