quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

ESTUDANTES DA GAMA FILHO ACAMPAM NA FRENTE DO PALÁCIO DO PLANALTO E EXIGEM AUDIÊNCIA COM DILMA

Estudantes da Universidade Gama Filho, fechada pelo Ministério da Educação na última segunda-feira, acamparam em frente ao Palácio do Planalto no início da noite desta quarta-feira e dizem que só vão sair após falarem com a presidente Dilma Rousseff. Por volta das 20 horas, 33 jovens armaram barracas no gramado próximo à avenida que separa o Congresso Nacional do palácio e protestavam contra o MEC e o Grupo Galileo, que administra a universidade. Além de cartazes com frases como “Educação não é mercadoria”, os estudantes protestavam gritando frases como: “Dilma Rousseff, daqui não arredo o pé, só saio de Brasília quando a solução vier” e “Mercadante errou o pênalti, a bola é sua Dilma, faz o gol”. Eles dizem que vão dormir no local e só saem quando a presidente Dilma “abrir o canal de diálogo”. “A gente vai ficar aqui incomodando a Dilma até ela nos receber”, disse, durante o protesto, a estudante Ana Flávia Hissa, que cursava o 5º semestre de Medicina. Durante a tarde, parte do grupo percorreu gabinetes de deputados e senadores em busca de apoio para a federalização da universidade e para um encontro com Dilma Rousseff. Ana Flávia declarou, em resposta à notícia de que o MEC descartou essa possibilidade, que o Estado e o próprio ministério devem arcar com as responsabilidades e garantir as vagas dos alunos, apesar de eles não terem passado por processo seletivo próprio de universidades públicas. “Uma universidade particular é uma concessão do Estado e o MEC tem tanta responsabilidade quanto as particulares. Eles erraram, deixaram um grupo criminoso, que já foi indiciado criminalmente, e homologaram a manutenção”, disse, em referência ao grupo Galileo. Os estudantes, que viajaram a Brasília depois da notícia do descredenciamento, também se encontraram com ex-alunos da Faculdade Alvorada, que após descredenciamento tiveram que ser transferidos para outras instituições. “Na Faculdade Alvorada, fizeram a mesma coisa e não foram atendidos. Então a gente não se ilude com as palavras do Mercadante de que em março de 2014 a gente vai estar estudando”, disse Ana Flávia.

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