quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

FIFA PODE TIRAR CURITIBA DA COPA DO MUNDO

O secretário-geral da Fifa, Jérôme Valcke, visitou nesta terça-feira as obras da Arena da Baixada, em Curitiba, e demonstrou extrema preocupação. Após uma reunião com portas fechadas, ele não garantiu a realização dos jogos na cidade. “A situação atual do estádio não é do nosso agrado. Não está apenas muito atrasado, foge a qualquer bom cronograma de entrega para o uso na Copa do Mundo”, afirmou o dirigente, que agora espera por soluções urgentes: “O secretário-executivo do Ministério do Esporte, Luis Fernandes, veio para Curitiba antes para ter reuniões e encontrarmos soluções". Valcke não deu prazos, mas acredita que em cerca de um mês será tomada a possível decisão de excluir a sede: “O Comitê Organizador Local, a Fifa e a cidade de Curitiba terão de decidir se a cidade estará pronta para acolher a Copa do Mundo. Se ficar como está hoje, a decisão será tomada entre as partes". Luís Fernandes anunciou três medidas emergenciais para tentar acelerar a reforma e garantir a permanência da cidade. “Mantido o ritmo das obras, a Arena da Baixada não ficará pronta com a qualidade e os requisitos necessários para a Copa de 2014. Essa é a constatação, e decidimos tomar medidas adicionais. Em primeiro lugar, elevaremos a parceria dos entes envolvidos, criando um comitê gestor, com participação do Atlético-PR, da prefeitura e do governo do Estado do Paraná para tocar a obra com a velocidade necessária”. As outras ações estão ligadas à parte financeira e ao número de trabalhadores. “Temos de intensificar as obras do estádio, que implica aumentar o número de trabalhadores envolvidos na obra e instituir um terceiro turno de trabalho. Além disso, a solução envolve a garantia do fluxo financeiro necessário.” A obra, inicialmente orçada em 185 milhões de reais, já chegou a 265 milhões de reais e precisaria de mais recursos para ser acelerada e concluída no prazo desejado pela Fifa. O Brasil tem apenas seis dos doze estádios da Copa já entregues. Os outros seis deveriam ter sido concluídos em dezembro, mas nenhum ficou pronto.

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