sábado, 18 de janeiro de 2014

GOVERNO DILMA ESCONDE QUE 38,5% DA POPULAÇÃO ECONOMICAMENTE ATIVA ESTÁ DESEMPREGADA NO BRASIL

O repórter Gustavo Patu, da Folha, informa na edição deste sábado que um contingente de 61,3 milhões de brasileiros de 14 anos ou mais não trabalha nem procura ocupação - e, portanto, não entra nas estatísticas do desemprego. Trata-se de 38,5% da população considerada em idade de trabalhar pelo IBGE, ou o equivalente à soma do total de habitantes dos Estados de São Paulo e do Rio de Janeiro. Nos Estados Unidos, ainda se recuperando da crise, a taxa é similar, 37,4% - as metodologias, porém, não são as mesmas. Referente ao segundo trimestre de 2013, o dado brasileiro ajuda a ilustrar como, apesar das taxas historicamente baixas de desemprego, o mercado de trabalho mostra sinais de precariedade. Mesmo tirando da conta os menores de 18 e os maiores de 60 anos, são 29,8 milhões de pessoas fora da força de trabalho, seja porque desistiram de procurar emprego, seja porque nem tentaram, seja porque são amparados por benefícios sociais. Esse número supera o quádruplo dos 7,3 milhões de brasileiros oficialmente tidos como desempregados nas tabelas do IBGE - o que dá uma idéia de quanto o desemprego poderia crescer se mais pessoas decidissem ingressar no mercado e disputar vagas. Os dados sugerem que grande parte dos que estão fora da força de trabalho é dona de casa: 40,9 milhões são mulheres. Entre os desempregados, a proporção de mulheres é bem menor, de pouco mais da metade. O grau de instrução da maioria dos que não trabalham nem procuram emprego, previsivelmente, é baixo: 55,4% não chegaram a concluir o ensino fundamente. Mas uma parcela considerável, de quase um quarto do total, inclui os que contam com ensino médio completo ou mais escolaridade. Considerando toda a população em idade de trabalhar, de 159,1 milhões, as proporções dos grupos menos e mais escolarizados são semelhantes, na casa dos 40%. A nova pesquisa ainda não permite análise da evolução dos dados nos últimos anos, mas outros trabalhos apontam melhoras na participação feminina e na escolaridade do mercado de trabalho. Estudo de 2012 do Ipea (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ibope petista) apontou que mais da metade das mulheres participa atualmente da força de trabalho, ante menos de um terço no início da década de 1980.

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