quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

INDIOS SUSPENDEM PEDÁGIO E VOLTAM ÀS ALDEIAS NO AMAZONAS

Os 140 índios que estavam sob a proteção do Exército no 54º Batalhão de Infantaria de Selva desde o ataque às instalações indígenas de Humaitá, na última semana, foram levados de volta às suas aldeias na Terra Indígena Tenharim Marmelos, no sul do Amazonas. A operação ocorreu na madrugada de segunda-feira por determinação da Justiça Federal, que exigiu da União e da Fundação Nacional do Índio (Funai) a adoção de medidas de proteção aos índios. Os caciques de cinco aldeias concordaram em suspender a cobrança de pedágio na rodovia Transamazônica (BR-230) enquanto a força-tarefa formada por homens do Exército, Força Nacional, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal estiver na área. De acordo com o delegado federal Alexandre Alves, que comandou a operação, os índios que estavam no quartel há quatro dias desejavam voltar para as aldeias, pois estavam separados de filhos e outros familiares. Quando um grupo de homens atacou os postos de pedágio, no último sábado, muitos fugiram para a selva e um grupo se refugiou no Batalhão de Infantaria de Selva. Seis indígenas, entre eles duas gestantes e duas crianças, precisaram de atendimento e foram levados para hospitais de Porto Velho (RO). Além da base avançada do Exército em Santo Antonio do Matupi (AM), a força-tarefa manterá postos de controle na entrada e saída da reserva e em pontos estratégicos, como o acesso à balsa no rio Madeira, em Humaitá. Os 1.446 integrantes das etnias tenharim, parintintin e mura, que habitam a Terra Indígena Tenharim Marmelos, eram presença constante em lojas, restaurantes, praças e locais de diversão de Humaitá. Apareciam de carro ou moto, faziam compras e frequentavam restaurantes e lanchonetes. Desde os incidentes, em que também os pedágios feitos pelos índios na rodovia Transamazônica foram queimados, não se vê um índio pelas ruas.

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