terça-feira, 21 de janeiro de 2014

UNE CULPA VISÃO MERCADOLÓGICA DA EDUCAÇÃO POR CRISE NA GAMA FILHO E UNIVERCIDADE

A União Nacional dos Estudantes (UNE) está acompanhando há cerca de dois anos as mobilizações dos alunos da Universidade Gama Filho e do Centro Universitário da Cidade (UniverCidade), que acabaram sendo fechadas pelo Ministério da Educação, no último dia 13. A decisão afetou 9,5 mil alunos das duas instituições, cuja mantenedora era o Grupo Galileo Educacional. Nesta segunda-feira a presidente da UNE, Virgínia Barros, disse que a entidade mantém dois diretores acompanhando as manifestações dos alunos das duas universidades, tanto em Brasília como no Rio de Janeiro. “Essa luta antiga dos estudantes pela intervenção do MEC nas duas instituições conta com o apoio da UNE. O Estado brasileiro precisa ser mais incisivo nos seus instrumentos de fiscalização e de regulação do ensino superior privado no nosso País”, manifestou. Segundo ela, a UNE entende que todos os problemas que ocorreram na Universidade Gama Filho e na UniverCidade são “decorrentes de uma visão mercadológica da educação”. Para Virgínia, quando a educação é concebida como uma mercadoria e não como um direito de todos os cidadãos, ela fica sujeita aos problemas inerentes ao mercado. “O resultado é que essa visão, exacerbadamente mercadológica da educação, originou todos esses problemas na Gama Filho e na UniverCidade”, afirmou. Virgínia Barros destacou que o ensino privado representa hoje cerca de 75% das matrículas na educação superior no Brasil. Por isso, disse ser fundamental que haja uma “sofisticação” dos instrumentos de fiscalização e de controle sobre essas instituições, para evitar a repetição em outras universidades brasileiras dos problemas detectados na UGF e na UniverCidade.

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