terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

ALCKMIN JÁ AVALIA NECESSIDADE DE RACIONAMENTO DE ÁGUA NA CAPITAL PAULISTA

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, disse nesta terça-feira que a decisão de adotar o racionamento de água no Estado será tomada “mais para a frente”, e a hipótese continua sendo analisada pela Companhia de Saneamento Básico de São Paulo (Sabesp), que monitora o nível dos reservatórios. “Isso é uma decisão técnica, que está sendo monitorada dia a dia pela Sabesp. Nós vamos decidir mais a frente um pouco”, disse Alckmin, após ser questionado se o racionamento estava descartado no momento. O nível do Sistema Cantareira baixou nesta terça-feira para 16,9% da capacidade de operação, a pior marca de sua história. Até segunda-feira choveu apenas 54,5 milímetros em fevereiro, 27% da média histórica de 202,6 milímetros no mês. De acordo com o governador, o problema está localizado principalmente no reservatório Cantareira, já que Guarapiranga está com 63% de sua capacidade e Alto Cotia, com 93%. “Mas nós já estamos trabalhando para utilizar parte dos 400 milhões de metros cúbicos do volume morto de Cantareira. Não que a gente pretenda utilizar agora, mas deixar tudo preparado para o inverno, caso haja necessidade”, disse ele . Volume morto é a parte do reservatório que não é alcançada atualmente pelas bombas. “Nós estamos frente a uma situação extremamente excepcional. A seca não é uniforme. Tem lugar que chove mais, tem lugar que chove menos. É diferente do que houve no passado”, acrescentou. Segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), o volume pluviométrico em 2013 não chegou a 70% da média histórica. Foram registrados 1.090 milímetros contra os 1.566 milímetros de chuva que caem em média por ano. Além disso, o excesso de calor, com temperaturas que superaram em 5º Celsius a média no período, provocaram aumento do consumo e mesmo a evaporação nas represas. Um estudo divulgado na semana passada - pelo Consórcio Intermunicipal das Bacias dos Rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ) - indicou que o Sistema Cantareira precisaria receber pelo menos três vezes mais chuvas do que o normal para que seus reservatórios atinjam níveis minimamente aceitáveis. O coordenador de projetos do consórcio, José Cezar Saad, avalia que o ideal é que essa precipitação ocorra nos próximos 60 dias.

Nenhum comentário: