sábado, 8 de fevereiro de 2014

ATENTADO À IMPRENSA LIVRE - OS ESPECIALISTAS DO JORNAL NACIONAL

Considerando os especialistas que falaram no JN, gostei mesmo — todos foram muito corretos, destaco — dos policiais militares. Eles demonstraram como funcionam uma bomba de gás lacrimogêneo e uma de efeito moral. Endossaram, por óbvio, o que venho escrevendo desde ontem. As fotos feitas pela Agência Globo evidenciavam por que o tal artefato não era nem uma coisa nem outra. Ora, o jornalista “que viu a bomba” nem se ocupou de saber como elas funcionam? Estava na rua pela primeira vez? Quantas vezes repórteres viram aquela luz saindo dos instrumentos usados pela polícia? Acho muito impressionante que não tenha ocorrido a ninguém pedir que se analisassem as imagens. Um procedimento simples, sem muitas prosopopeias técnicas, teria bastado para evitar um erro monumental. De todo modo, espero que a ocorrência tenha sido ao menos didática, instrutiva. No dia 25 de janeiro, policias militares de São Paulo também foram demonizados pela imprensa porque teriam atirado contra um manifestante. As câmeras de segurança fizeram pelo jornalismo o que ele não tem conseguido fazer por si mesmo e por inocentes. Não bastou para que se passasse a fazer a escolha certa. A questão — e voltarei ao assunto — é saber a que juiz setores da imprensa estão prestando tributo; a questão é saber que tribunal eles escolheram para “julgar” suas escolhas. Por Reinaldo Azevedo

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