domingo, 16 de fevereiro de 2014

DIPLOMATA QUE SALVOU SENADOR BOLIVIANO ASILADO NA EMBAIXADA EM LA PAZ SERÁ OUVIDO NA TERÇA-FEIRA

A sindicância do Ministério das Relações Exteriores que investiga a participação do diplomata Eduardo Sabóia na fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina para o Brasil está na reta final. Sabóia, um autêntico herói, que deveria ser honorificado com medalha de honra, será ouvido no processo na terça-feira. Após o depoimento, o colegiado tem dez dias para decidir se instaura processo administrativo contra ele, o que pode resultar até em sua demissão do serviço público, ou se encerra o caso sem punição mais severa. Sabóia planejou e acompanhou a fuga do senador Pinto Molina para o Brasil em agosto de 2013, após o senador completar 15 meses morando na embaixada brasileira em La Paz no aguardo de uma deliberação do governo brasileiro a respeito do seu pedido de refúgio no País. O regime petralha nunca quis de fato conceder o asilo ao senador boliviano, vítima de incessante perseguição do regime do índio cocaleiro Evo Morales. Os dois viajaram em um carro diplomático para o Brasil mesmo sem o salvo-conduto do governo da Bolívia. A fuga gerou uma crise no governo e culminou com a demissão do ministro Antonio Patriota pela presidente Dilma Rousseff, além da abertura de sindicância contra Sabóia, o que é uma indignidade do governo brasileiro. A defesa anexou ao processo, que tramita em sigilo, cópia das comunicações entre o Itamaraty e o Palácio do Planalto nos 455 dias em que Pinto Molina esteve asilado na embaixada do Brasil em La Paz. Os documentos comprovam que não houve esforços do governo brasileiro para resolver o problema levando o caso a uma situação limite que justificaria a fuga.

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