segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

ELES QUERIAM MATAR SANTIAGO ANDRADE? NÃO. ERA PIOR: QUERIAM MATAR QUALQUER UM

À medida que o cerco dos fatos vai se fechando, a narrativa vai mudando, certo? Fábio Raposo, o rapaz que está preso, havia concedido uma entrevista à GlobNews em que afirmara que não tinha a menor ideia de quem era rapaz a quem ele passou o morteiro. Na sua versão, encontrou o troço no chão e passou para o outro. Mas nunca o tinha visto — até porque, ora vejam, ele estava mascarado.

Sei, sei… Já disse aqui o quanto vale essa versão: uma nota de R$ 3. Agora seu advogado afirmou que, numa conversa privada, seu cliente afirmara que teria condições de identificar o outro rapaz, em razão de um amigo comum. Entendi. Existe um amigo comum, embora ele não saiba quem é o outro. Rapidamente, chegou-se ao nome do rapaz, que já foi passado à polícia.
O advogado dá a entender que teria tentando convencer o sujeito que acendeu o artefato a se entregar, mas parece que ele não topa. Tentou? Mas houve ou não conversa? Não sei por quê, mas fico cá com uma pulga atrás da orelha a me dizer que estamos falando de um grupo de pessoas que se conhecem. E a tal “Sininho”, a jovem que se apresentou ao advogado oferecendo criminalistas para cuidar do caso? Segundo ele, a moça o fez em nome do deputado Marcelo Freixo (PSOL-RJ), a quem um dos assassinos seria ligado — o que o parlamentar nega, ameaçando com a “justiça burguesa” os que sugerirem o contrário. Cuido de Freixo já, já.
Não, não! A morte do cinegrafista Santiago Andrade não se deveu a uma inconsequência, a um acidente. Ela foi criminosamente planejada. “Para matar Santiago especificamente?” Não! De certo modo, é coisa pior: era para matar qualquer um. Por Reinaldo Azevedo

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