quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

MINISTRO PETISTA JOSÉ EDUARDO CARDOZO NEGA QUE POLÍCIA FEDERAL ESTEJA MONITORANDO CUBANA QUE DESERTOU DO PROGRAMA "MAIS MÉDICOS"

A cubana Ramona Matos Rodrigues, Participante do programa Mais Médicos, do governo federal, a médica e os parlamentares do DEM, liderados pelo deputado Ronaldo Caiado (GO), denunciam que a médica teve seu telefone grampeado e foi buscada por policiais federais na residência que ocupava em Pacajá, no Pará, após ter deixado a cidade frustrada com os valores pagos pelo trabalho no programa. O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, negou nesta quarta-feira que a Polícia Federal tenha interceptado telefonemas da médica cubana Ramona Matos Rodriguez ou esteja à procura da profissional, que integra o programa federal Mais Médicos. Ramona afirma ter fugido de Pacajá (PA) no último sábado, após agentes da Polícia Federal grampearem seu telefone. “Não existe a menor possibilidade legal para que isso tivesse ocorrido. A Polícia Federal não a está procurando ou investigando e não existe nenhuma interceptação legal de telefone. Se algum policial fez isso, o fez em total situação de ilegalidade”, disse Cardozo: “Não há nenhuma medida em curso em relação à cubana". Ramona contou que saiu de Pacajá no sábado e avisou a colegas da cidade que viajaria para uma fazenda e retornaria no domingo. Com a ajuda de uma amiga, ela foi até Marabá, onde embarcou para Brasília. Ao telefonar para a amiga, ela teria recebido a informação de que as ligações foram interceptadas e que policiais federais foram procurá-la na sua residência. Cardozo rebateu a versão e afirmou que a família que a hospedava em Pacajá acionou a Polícia Civil por causa da demora da cubana em voltar para casa.  A médica foi abrigada pelo deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO) e está morando provisoriamente no gabinete do DEM na Câmara. Ela teme ser deportada para Cuba e entregue ao regime dos irmãos Castro. De acordo com Cardozo, no entanto, não houve nenhuma comunicação sobre o descredenciamento dela do programa Mais Médicos, o que implicaria na cassação do visto. O ministro recebeu na tarde desta quarta-feira parlamentares do DEM para tratar do pedido de refúgio. O partido deve protocolar a solicitação imediatamente. “Até o momento ela tem o visto regular. Não há nenhuma razão objetiva para que ela tenha de se refugiar em qualquer lugar. Ela pode circular livremente”, disse. A partir do momento em que o pedido de refúgio for feito, a cubana passará a ter garantida a permanência no Brasil até o Comitê Nacional para os Refugiados (Conare) julgar o caso. Depois de formalizado o pedido de refúgio, uma espécie de investigação é instaurada para avaliar a requisição. A decisão dificilmente será tomada antes de março porque “há uma fila a ser obedecida”, segundo o secretário Nacional de Justiça, o petista Paulo Abrão. Atualmente, 71 cubanos estão refugiados no país e cinco aguardam apreciação do órgão.

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