quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

MOODY'S ELEVA RATING DO MÉXICO

A agência de classificação de risco Moody's elevou o rating soberano do México de Baa1 para A3, com perspectiva estável. Segundo a Moody's, a decisão foi motivada pelas reformas estruturais implementadas no ano passado, que devem fortalecer as perspectivas de crescimento e os fundamentos fiscais do país. Para efeito de comparação, o rating do Brasil é mais baixo: Baa2, com perspectiva estável, apesar das recentes declarações da agência sobre a deterioração fiscal do país. As recentes reformas empreendidas pelo presidente Enrique Peña Nieto, como a do setor de energia, foram essenciais para a melhora do indicador. "À medida que o impacto completo das reformas se torna mais evidente com o tempo, a Moody's prevê que as métricas de crédito do México mostrarão melhoras firmes, mas graduais, reforçando o já robusto perfil de crédito do país", afirmou a agência, em relatório. Além do pacote de reformas, a Moody's destacou a melhora nas perspectivas econômicas e fiscais de médio prazo do México, que aumentam o potencial de crescimento do país, e o fato de que, agora, o perfil geral de crédito do México está próximo do de outros países com rating A. Muito mais que surfar a onda dos Estados Unidos, o México tem implementado reformas estruturais importantes para garantir a melhora de sua produtividade e do ambiente de negócios. O governo anterior, de Felipe Calderón, conseguiu aprovar uma nova lei trabalhista mais flexível e afável ao setor privado, além de fechar secretarias e estatais deficitárias. O país encerrou 2012 com déficit fiscal de 0,3% do PIB - sem contabilidade criativa. Ao somar a essa cifra os investimentos da estatal de petróleo Pemex, o resultado fiscal foi deficitário em 2,3%. Na educação, o Senado aprovou severas mudanças que tiram dos sindicatos de professores, acusados de corrupção e ineficiência, parte do poder sobre os profissionais do setor. Já Enrique Peña Nieto anunciou reformas no setor de energia com o objetivo de atrair empresas privadas para a exploração de petróleo. Após o Fórum Econômico Mundial, em Davos, que contou com participação ativa de Peña Nieto, o país foi escolhido pelo Financial Times como "o ganhador" do evento, enquanto o Brasil levou o título de "perdedor".

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