segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

NÍVEL DE BARRAGEM DO SISTEMA CANTAREIRA CAI A 19,6%

Com os reservatórios no nível mais baixo desde 1974, a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) contratou, na semana passada, a empresa ModClima para fazer chover em reservatórios do Sistema Cantareira. Após cinco tentativas, porém, foram registradas apenas duas precipitações - insuficientes para elevar o nível dos reservatórios do sistema, cujo volume caiu, nesta segunda-feira, a um patamar inferior aos já preocupantes 20% - 19,6%, informa a Sabesp. Só na represa de Jaguari, que integra o Sistema Canteira, o nível de armazenamento chegou a 15,32%. Apesar dos níveis preocupantes, a Sabesp afirma que, no momento, não há risco de racionamento na capital paulista. O processo de "fazer chover" é relativamente simples: um avião solta gotículas de água na base das nuvens. As gotas ganham volume e, quando estão pesadas o suficiente, a chuva localizada acontece. Segundo a empresa, o processo faz chover de 5 a 40 milímetros. O tempo de abastecimento das nuvens dura entre 20 e 40 minutos. A ação é uma tentativa de amenizar a estiagem - desde que tiveram início as medições oficiais, nunca choveu tão pouco no Estado de São Paulo. O período de chuvas responsável por encher as represas se estende entre outubro e março. De outubro de 2013 até agora, porém, o total de precipitações ficou muito abaixo do esperado - para se ter uma ideia, os meses de dezembro e janeiro quebraram recordes de falta de chuva. Em dezembro, choveu o equivalente a 62 milímetros, quando a média histórica para o mês é de 226 milímetros. No mês passado foi registrado o pior índice em 84 anos: 87,8 milímetros, ante uma média histórica de 260 milímetros. Já em fevereiro, o total acumulado de chuva chega aos míseros 2 milímetros em todo o sistema. Apenas 1.090 milímetros de chuvas foram registrados nas quatro represas do Sistema Cantareira – Jaguari, Cachoeira, Atibainha e Paiva Castro – em 2013. A média histórica anual é de 1.566 milímetros.

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