quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

PETISTA GUIDO MANTEGA CONFIRMA QUE TESOURO NACIONAL PODERÁ DAR "AUXÍLIO EXTRA" AO SETOR ELÉTRICO

O ministro da Fazenda, o petista  Guido Mantega, afirmou nesta quarta-feira que, "se for necessário", o Tesouro Nacional pode dar ajuda auxiliar às distribuidoras de energia, além dos 9 bilhões de reais previstos no Orçamento para a Conta de Desenvolvimento Energético (CDE). Mantega, entretanto, não detalhou valores. "Não sabemos em que medida pode ser o auxílio, temos de esperar mais um pouco para saber qual é o rumo que a chuva vai tomar, se vai vir mais, se vai vir menos. Por enquanto, é um problema de janeiro e fevereiro", disse. "Daremos cobertura para esses problemas, de modo que custo de religamento das usinas térmicas não passe para a tarifa do consumidor final", afirmou. O ministro afirmou ainda que não está definido o valor do corte do Orçamento de 2014, mas que ele sairá já nas próximas semanas. Na terça-feira, a presidente Dilma Rousseff esteve reunida com a Junta Orçamentária, da qual Mantega também faz parte, para discutir o tamanho do esforço fiscal que será perseguido em 2014. No ano passado, o governo já havia transferido recursos às distribuidoras para evitar um aumento de preço da tarifa. Ao todo, o Tesouro desembolsou 9,8 bilhões de reais para a CDE. A ajuda financeira do governo às empresas visa evitar que o enorme salto no preço da energia comercializada no mercado livre, e adquirida pelas distribuidoras, seja repassado ao consumidor. O Preço de Liquidação das Diferenças (PLD), que baliza a comercialização de energia por algumas indústrias e distribuidoras, atingiu o recorde de 822,83 reais nesta semana — um salto de quase 100% em relação à semana anterior. Segundo especialistas, tal reajuste poderá ser repassado ao consumidor residencial em 2015, caso o nível dos reservatórios não aumente para compensar a alta dos preços. Os repasses do Tesouro também devem servir para subsidiar a energia fornecida pelas termelétricas, cujo valor é bem superior ao das hidrelétricas. O aumento da demanda, que vem atingindo picos ao longo das últimas semanas, exige o religamento das térmicas mais caras. A capacidade desse tipo de energia também está no limite.

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