quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

POLICIA CIVIL PAULISTA INVESTIGA FACILITAÇÃO DA INVASÃO NO CENTRO DE TREINAMENTO DO CORINTHIANS

O inquérito da Polícia Civil que investiga a invasão dos torcedores corintianos ao Centro de Treinamento do Corinthians no 1º de fevereiro não descarta a hipótese de que a entrada pode ter sido facilitada pelo clube com o objetivo de pressionar os jogadores. "Um dos torcedores afirmou que entrou tranquilamente no clube. Foi apenas um dos torcedores que afirmou isso, mas não descartamos nenhuma hipótese", revelou a delegada Margarete Barreto, responsável pelo caso. A afirmação foi feita na tarde desta quinta-feira na sede do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, em São Paulo. Também causou estranhamento à delegada o fato de que as 20 câmeras do circuito interno de tevê terem apresentado problemas no momento da invasão. O Corinthians informou que as câmeras apresentavam problemas com frequência. "Isso não é natural. As câmeras são instaladas para que funcionem e não para que apresentem problemas", afirmou a delegada, revelando que todos os equipamentos foram encaminhados à perícia técnica. "As imagens mostram apenas a invasão, não mostram eventuais agressões aos jogadores e funcionários", disse a delegada. Dos onze mandados de prisão obtidos pela Polícia Civil, a partir da identificação dos torcedores nas imagens cedidas pelas emissores de tevê e também pelo Corinthians, dois já foram executados. Além disso, foi preso em flagrante um torcedor por porte ilegal de armas. Os nomes dos torcedores presos são Tarcisio Baselli Diniz, Gabriel Monteiro de Campos e Danilo Santos Gomes. Entre eles, dois já têm antecedentes criminais. Todos serão indiciados por formação de quadrilha, ameaça e lesão corporal. Três torcedores estão foragidos e outros seis já foram liberados. Na madrugada desta quinta-feira, 90 policiais e 13 delegados percorreram as sedes de três torcidas uniformizadas e as casas dos torcedores para prender os invasores do Centro de Treinamento. Elisabete Sato, diretora geral do DHPP, afirma que os números são preliminares e as investigações continuam. "Não podemos mais tolerar que as pessoas expressem sua insatisfação com a violência", afirmou Elisabete.

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