sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

PRESIDENTE DO BANCO MINEIRO QUE REPASSOU DINHEIRO AO VALERIODUTO É ASSESSOR DO PETISTA FERNANDO PIMENTEL

Ex-presidente do Bemge (Banco do Estado de Minas Gerais) e réu no processo do mensalão mineiro, ou Valerioduto, que tramita em Minas Gerais, José Afonso Bicalho trabalha como assessor econômico no gabinete do petista Fernando Pimentel no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio. Ele é contratado através do BNDES desde abril do ano passado. Quando Bicalho era presidente do Bemge, em 1998, o banco transferiu R$ 500 mil à SMP&B, agência de Marcos Valério, a título de patrocínio de um evento de motocross. O dinheiro teria sido desviado para a campanha pela reeleição de Eduardo Azeredo (PSDB), de acordo com a denúncia do Ministério Público. No processo, Bicalho responde pelo crime de peculato. Na noite de quarta-feira, outro réu do mesmo processo, o jornalista Eduardo Guedes, deixou a assessoria que prestava ao senador Aécio Neves (PSDB), depois da revelação de que ele ainda atuava próximo ao pré-candidato à Presidência, apesar de responder na Justiça por eventual participação no esquema de desvio de recursos implantado por Marcos Valério. Na quinta-feira, tanto o BNDES quanto o Ministério do Desenvolvimento se recusaram a informar o salário de Bicalho no governo federal, sob a alegação de que o decreto que regulamentou a Lei de Acesso à Informação desobrigaria o BNDES de divulgar o salário de seus empregados de forma individualizada.

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