quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

SERRA CRITICA GOVERNOS DE LULA E DILMA NA GESTÃO DA PETROBRAS

O ex-governador José Serra (PSDB) disse nesta quinta-feira, em teleconferência, que as gestões do ex-presidente Lula (o alcaguete do Dops paulista na ditadura militar, conforme Romeu Tuma Jr.) e da presidente Dilma Rousseff na maior empresa do País, a Petrobras, foi uma "verdadeira calamidade". "Eles (Lula e Dilma) tiveram um imenso talento em alterar o que vinha bem, o regime de partilha sobrecarregou a Petrobras e o Brasil hoje é deficitário em petróleo", frisou. Nas críticas ao governo petista, Serra listou também outra preocupação corrente, a inflação. Sua previsão é que este ano os índices inflacionários serão iguais ou maiores do que os registrados no ano passado. "Em 2013, a inflação brasileira já foi uma das maiores do mundo e ela afeta de maneira negativa as expectativas, até mesmo porque não há perspectiva de queda ou fatores que apontem para uma contração", afirmou. O tucano citou também que há perda de dinamismo na geração de empregos e previu que o Banco Central deverá continuar aumentando as taxas de juros: "E os nossos juros já são os mais elevados do mundo". Apesar das críticas, ele disse que não vê o quadro econômico tão calamitoso quanto se divulga. "Não estamos bem, não, mas não vejo que seja tão calamitoso. Apesar da perda de manobra com relação à inflação, não há risco de descontrole inflacionário. Na área fiscal, não há perspectiva de descontrole ou de calote, pois a dívida pública em relação ao PIB é baixa. E não se justifica o clima que prevê que o Brasil poderá dar um calote. Por isso, seria justo que se perguntasse por que há tanto pessimismo". E ele mesmo respondeu: "Isso decorre da falta de perspectiva de crescimento, o que afeta a confiança no País em qualquer parte do mundo, além do atraso e da incapacidade do atual governo e anterior (Lula) para impulsionar os investimentos em infraestrutura e energia". Para o ex-governador, essa é a razão principal do pessimismo que assola a área econômica do País. Ao falar das razões do pessimismo, ele disse que há também fontes "pouco sérias", citando as agências internacional de risco, classificadas por ele de "enviesadas e incompetentes", pois reúnem "economistas ignorantes" em relação ao Brasil. "Outra fonte pouco séria é a imprensa internacional. Me admira que presidentes se dignem a rebater essas matérias", disse ele em uma crítica indireta a Lula e Dilma.

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