segunda-feira, 24 de março de 2014

BANCO CENTRAL PROJETA ROMBO DE US$ 80 BILHÕES NAS CONTAS EXTERNAS DESTE ANO

O Banco Central aumentou de 78 bilhões para 80 bilhões de dólares a previsão de déficit nas transações correntes para 2014. O dado se refere ao resultado de todas as transações do Brasil com o Exterior, como importações e exportações de bens e serviços e as transações unilaterais do País com outras nações. A mudança de deveu principalmente à redução na projeção de superávit comercial, que caiu de 10 bilhões para 8 bilhões de dólares neste ano. Em fevereiro, o déficit nas transações correntes ficou em 7,445 bilhões de dólares. No acumulado de doze meses encerrados no mês passado, o déficit em conta corrente do País ficou em 3,69% do Produto Interno Bruto (PIB).  Entre os impactos negativos para o resultado de fevereiro estão os saldos da conta de serviços e da balança comercial, que somaram 3,480 bilhões de dólares e 2,125 bilhões de dólares, respectivamente, no mês passado. Os valores superam os 3,132 bilhões de dólares em serviços e o 1,279 bilhão de dólares na balança registrados em fevereiro de 2013. Em serviços, destacaram-se os gastos líquidos de brasileiros no exterior que atingiram 1,324 bilhão de dólares no mês passado. Também pesaram negativamente as remessas de lucros e dividendos, que alcançaram 1,286 bilhão de dólares em fevereiro, superior aos 2,174 bilhões de dólares do mesmo período do ano passado.  O Banco Central piorou sua projeção para o ano todo, passando-a de saldo negativo de 78 bilhões de dólares para 80 bilhões. A mudança de deveu principalmente à redução na projeção de superávit comercial, que caiu de 10 bilhões de dólares para 8 bilhões de dólares este ano. Já a estimativa para o saldo negativo na conta de serviços foi reduzida de 51,7 bilhões de dólares para 51,2 bilhões de dólares. Enquanto isso, os investimentos estrangeiros diretos (IED) somaram 4,132 bilhões de dólares, acima das projeções do mercado, de 3,8 bilhões de dólares. A projeção do BC para os IED  do ano todo de 2014 manteve-se em 63 bilhões de dólares. Na semana passada, durante audiência no Senado Federal, o presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, buscou minimizar rombo nas contas externas ao dizer que parcela significativa do déficit vem sendo financiada pelo investimento externo produtivo. Ele também disse que a economia mundial atravessa um período de transição e que o Brasil não deve ser avaliado como uma economia vulnerável.

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