quinta-feira, 6 de março de 2014

GOVERNO DILMA MELHORA ASPECTO DAS CONTAS PÚBLICAS COM "REFORÇO" DE DIVIDENDOS INESPERADOS DO BNDES

Depois da frustração com o resultado das contas públicas em janeiro, o governo Dilma decidiu reforçar seu caixa com dividendos do BNDES, o banco estatal de desenvolvimento. O Tesouro Nacional autorizou na quarta-feira o resgate de R$ 2 bilhões em títulos públicos que estavam com a instituição financeira. A medida é retroativa a fevereiro. Por isso, o dinheiro vai aparecer como receita e engordar o superávit primário do segundo mês do ano, cujo resultado será divulgado no fim de março. O BNDES foi a instituição que mais pagou dividendos ao Tesouro no ano passado, com o repasse de quase R$ 7 bilhões, mais de 40% do total recebido das estatais. A previsão do governo federal é de uma receita de R$ 24 bilhões em dividendos em 2014, aumento de 40% em relação a 2013, considerando todas as empresas federais. Essa fonte de recursos garante, sozinha, cerca de um quarto da meta de superávit do setor público do ano. Os R$ 2 bilhões se referem ao repasse de parte do lucro do BNDES no ano passado. Na primeira versão da portaria que autorizou a operação, publicada nesta quinta-feira, foi informado que se tratava de uma antecipação de dividendos. O Tesouro, no entanto, retificou a informação e disse que se trata de um pagamento normal de dividendo, referente a um lucro já divulgado, e não da distribuição de dinheiro de lucros futuros. A antecipação de dividendos foi um artifício contábil utilizado pelo governo petista em 2012 para engordar o superávit primário daquele ano.  A piora nas contas públicas no governo Dilma Rousseff tem sido apontada pelo mercado como uma das principais fragilidades da economia brasileira. Um superávit maior ajuda a reduzir a dívida pública e contribui para o controle da inflação.

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