segunda-feira, 24 de março de 2014

MAIS DE 500 MILITANTES DA ORGANIZAÇÃO NAZISTA ISLÂMICA IRMANDADE MUÇULMANA SÃO CONDENADOS À MORTE NO EGITO

Um tribunal do Egito condenou à morte 529 militanres da organização nazista islâmica Irmandade Muçulmana, e apoiadores do presidente deposto Mohamed Mursi, nesta segunda-feira. A sentença teve como base a morte de um policial durante ataques a delegacias e prédios do governo, em agosto do ano passado. A mesma corte penal de Minia, no sul da capital, vai julgar outros 683 réus nesta terça-feira, incluindo o líder da Irmandade Muçulmana, Mohamed Badie, e o chefe do braço político do grupo, Saad al-Katatny. Desde a queda de Mursi, em julho do ano passado, milhares de membros do grupo radical islâmico que levou seu integrante ao poder, em 2012, foram detidos. Apenas 147 dos acusados estão presos. Os demais foram julgados à revelia. As detenções ocorreram em agosto do ano passado, quando as forças de segurança retiraram apoiadores do ex-presidente que haviam montado um acampamento em uma praça no Cairo. A ação deixou centenas de mortos. Dezesseis pessoas foram absolvidas depois que seus advogados alegaram que elas não tiveram direito a uma defesa apropriada antes do julgamento. Familiares e advogados reclamam de erro judicial nas condenações. “A sessão demorou cinco minutos e, nesse tempo, nenhum dos advogados foi ouvido – nem mesmo promotores”, criticou Waleed Sultan, pai de um dos condenados. “Esse veredicto é um desastre. Anunciá-lo na segunda sessão de um julgamento significa que o juiz não ouviu a defesa ou avaliou as provas. Isso vai contra os princípios básicos da criminologia”, afirmou Mohamed Zaree, chefe do Instituto para Estudos de Direitos Humanos do Cairo. Segundo as autoridades do país, pelo menos 16.000 militantes da organização nazista islâmica foram detidos desde a queda de Mursi.

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