quinta-feira, 10 de abril de 2014

A GENTE NÃO SABEMOS FAZER COPA DO MUNDO,/ A GENTE NÃO SABEMOS FAZER OLIMPÍADA,/A GENTE NÃO SABEMOS TOMAR CONTA DA GENTE. INÚTIL....

ultraje
Este post abre com a letra de uma música do excelente “Ultraje a Rigor”, que fez muito sucesso, mas cujo sentido, acho eu, não foi plenamente compreendido à época. E, em certa medida, não o é até agora, embora permaneça como um bom retrato do País. Volto depois.
A gente não sabemos escolher presidente
A gente não sabemos tomar conta da gente
A gente não sabemos nem escovar os dente
Tem gringo pensando que nóis é indigente
Inútil
A gente somos inútil
Inútil
A gente somos inútil
Inútil
A gente somos inútil
Inútil
A gente somos inútil
(…)
VolteiLeiam o que informa a VEJA.com. Retomo depois:
Diante da ameaça que os atrasos nas obras do Rio de Janeiro já representam para a Olimpíada de 2016, o Comitê Olímpico Internacional (COI) anunciou nesta quinta-feira uma verdadeira intervenção na preparação da cidade para o evento – e, agora, assumirá uma parte significativa do comando das obras. Em uma entrevista coletiva concedida em Belek, na Turquia, o presidente do COI, Thomas Bach, revelou uma série de iniciativas para permitir que sua entidade passe a ter um “papel central para coordenar” as decisões do Rio de Janeiro, incluindo a contratação de uma consultoria independente que irá avaliar diariamente o andamento das obras. Nos últimos dias, Bach passou a ser pressionado por federações esportivas que denunciaram atrasos preocupantes nas obras no Rio de Janeiro e pediam até mesmo um “plano B” para a Olimpíada de 2016. Em uma reunião de emergência, Bach e seus diretores optaram por entrar em campo para tentar virar o jogo.
O alemão tentou explicar que não se trata de uma medida “unilateral” e que as propostas foram apresentadas na noite da última quarta ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes. “Ele aceitou a proposta”, garantiu o alemão. Paes havia declarado que a preparação estava “dentro do cronograma”, uma avaliação que foi rejeitada pelos demais dirigentes do COI. Entre as medidas discutidas pelo COI está a criação de um comitê organizador formado não apenas por dirigentes do Rio de Janeiro, mas também por membros do governo federal e do COI. Outra medida será a designação de Gilbert Felli, diretor executivo do COI para os Jogos Olímpicos, para viajar de forma regular ao Rio de Janeiro para controlar a situação. Ele tinha uma visita marcada para setembro ao Brasil, mas a viagem foi antecipada para a semana que vem. Bach ainda revelou que o COI contratará um administrador de projetos para acompanhar diariamente as obras, algo inédito em um evento olímpico. Para completar, três grupos de trabalho serão formados para estudar cada um dos aspectos do evento. (…)
RetomoPois é… A gente nascemos para a celebração, compreendem? A gente não nascemos para a realização. Na hora do abraço, a gente se emocionamos, a gente damos pulo, a gente prometemos amanhãs sorridentes, a gente acenamos com a redenção. Mas depois a gente descobrimos que a realização daquilo que justificaria o gozo dá um trabalho da zorra! Aí a gente começamos a se atrapalhar. Por isso a gente gozamos antes, que é para a gente não perdermos a viagem.
O COI, como se nota, foi mais rápido do que a Fifa, que ficou reclamando, reclamando, reclamando…
É isto: a gente não sabemos fazer Copa do Mundo, e a gente não sabemos fazer Olimpíada. Pronto!
Mas a gente sabemos (eles sabem!) como superfaturar obras. Por Reinaldo Azevedo

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