sábado, 26 de abril de 2014

ACUSADO DE MATAR O CINEGRAFISTA DA REDE BANDEIRANTES CONFESSOU O CRIME A UM AMIGO

A Justiça do Rio de Janeiro começou a ouvir, na tarde de sexta-feira, no Tribunal de Justiça, as testemunhas convocadas para esclarecer o episódio que terminou com a morte de Santiago Andrade, cinegrafista da TV Bandeirantes, durante protesto na Central do Brasil, no dia 6 de fevereiro. Os manifestantes Fábio Raposo Barbosa e Caio Silva de Souza, acusados de terem deflagrado o rojão que matou o cinegrafista, respondem pelos crimes de explosão e homicídio doloso triplamente qualificado - por motivo torpe, impossibilidade de defesa da vítima e com uso de material explosivo. Terceira testemunha de acusação ouvida pela Justiça, o administrador Carlos Henrique Omena da Silva, que trabalhava com Caio Silva de Souza no Hospital Estadual Rocha Faria, em Campo Grande, admitiu ter ouvido dele a confissão do crime. "Ele disse que achava que tinha feito uma besteira porque o cara tinha caído. Ele me disse: 'Acho que matei o cara'", disse. De acordo com a promotora Isabella Pena Lucas, oito testemunhas de acusação foram convocadas, entre elas dois delegados e dois policiais militares. O delegado Maurício Luciano de Almeida, titular da 17ª DP (São Cristóvão), foi o primeiro a prestar depoimento. Segundo o delegado, Caio e Fábio se conheciam antes da morte do cinegrafista e agiram em conjunto, com divisão de tarefas. Almeida afirmou ainda que imagens gravadas em protestos anteriores mostram a atuação da dupla em episódios violentos. “Pude ver a atuação dos dois em imagens isoladas em outras manifestações. Fábio aparece em algumas imagens jogando bombas de feito moral e pedras contra a polícia. Eles já se conheciam de outras manifestações. O próprio Fábio, quando prestou depoimento, disse que Caio é violento é já havia se envolvido em confrontos violentos, como no Ocupa Câmara, em que ele atirou uma placa contra um guarda municipal, que sofreu uma fratura exposta", disse o delegado.

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