sexta-feira, 18 de abril de 2014

CERTIDÃO DE ÓBITO APONTA QUE MENINO BERNARDO BOLDRINI TEVE MORTA VIOLENTA

A certidão de óbito do menino Bernardo Uglione Boldrini, de 11 anos, atesta que ele morreu de “forma violenta” em 4 de abril, dois dias antes de o pai relatar à polícia sobre o desaparecimento do filho. O corpo de Bernardo foi encontrado na segunda-feira, dez dias depois da morte, enterrado em um matagal na cidade de Frederico Westphalen, no interior do Rio Grande do Sul. Os principais suspeitos do assassinato de Bernardo Boldrini estão presos: o pai do garoto, médico cirurgião Leandro Boldrini; a madrasta, Graciele Boldrini, e a amiga do casal Edelvania Wirganovicz. Segundo a certidão de óbito, o corpo de Bernardo Boldrini estava em “adiantado estado de putrefação” quando foi encontrado. A Polícia Civil do Rio Grande do Sul suspeita que o menino tenha sido morto depois de ter sido dopado e receber uma injeção letal. A informação ainda precisa ser confirmada pela perícia. O pai de Bernardo trabalhava como médico-cirurgião e a madrasta, como enfermeira. A amiga do casal, Edelvania, era assistente social. O advogado Marlon Balbon Taborda, que trabalha para a avó materna de Bernardo, Jussara Uglione, de 73 anos, afirmou que os suspeitos “tinham conhecimento técnico” para manusear substâncias capazes de matar o menino. Ele representa a avó de Bernardo Boldrini em disputas judiciais para permitir que ela visitasse o neto, que morava em Três Passos (RS) com o pai e a madrasta e a irmã, de 1 ano. Em depoimento à polícia, o casal relatou que o menino foi dormir na casa de amigos no dia 4. Ele não retornou depois de dois dias. Leandro, então, acionou a polícia e uma rádio local para descobrir o paradeiro de Bernardo. Nos dias que se seguiram, a população de Três Passos (RS), onde a família mora, mobilizou-se para encontrar o garoto. Após fazer buscas pela cidade, a polícia chegou a Edelvania Wirganovicz, a amiga do casal. Na casa dela foram encontradas uma pá e uma cavadeira. Por fim, ela acabou levando a polícia ao local onde o corpo havia sido escondido, além de ter afirmado que ele morreu com uma injeção letal. Depois disso, a polícia descobriu que a madrasta havia sido multada por excesso de velocidade ao dirigir em uma estrada que liga Três Passos a Frederico Westphalen em 4 de abril, mesma data em que o garoto foi morto. Policiais rodoviários informaram que a criança estava no carro na ocasião.

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