sábado, 12 de abril de 2014

CNC SUGERE QUE BRASIL VENDA ESTOQUES PÚBLICOS DE CAFÉ DEVIDO À QUEBRA DA SAFRA

Representantes do setor produtivo de café sugeriram nos últimos dias a integrantes dos ministérios da Fazenda e Agricultura que o Brasil venda os estoques governamentais do produto que atualmente somam cerca de 1,6 milhão de sacas. Eventuais vendas poderiam evitar grande volatilidade de preços em um ano em que o Brasil, o maior produtor e exportador global de café, sofre uma das maiores perdas de produção por conta da severa seca do início do ano. "Em contato com os ministérios da Fazenda e da Agricultura, seguindo orientação das lideranças do setor produtivo, sugerimos que os governantes façam uso dos estoques públicos como reguladores de preço, evitando grandes volatilidades e, consequentemente, perdas acentuadas a produtores, exportadores e industriais", disse o presidente do Conselho Nacional do Café (CNC), Silas Brasileiro. Os contratos futuros do café atingiram o maior patamar em mais de dois anos nesta semana na bolsa de Nova York, referência internacional para o arábica, por preocupações com o tamanho da safra do Brasil. A alta nas cotações nesta semana repercutiu um estudo divulgado pelo CNC, no final da semana passada, que aponta que o Brasil terá na temporada 2014/15 a menor safra de café dos últimos cinco anos. A colheita deste ano, que começará efetivamente nas próximas semanas, cairá para um intervalo de 40,1 milhões a 43,3 milhões de sacas de 60 kg, segundo o estudo, contra 49,15 milhões de sacas na temporada passada. O diretor-executivo da Associação Brasileira da Indústria de Café (Abic), Nathan Herszkowicz, disse que é esperado um aumento de 35% no preço médio do café ao consumidor brasileiro em 2014, ante valores do fim de 2013, por conta da quebra de safra.

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