quinta-feira, 3 de abril de 2014

DEPUTADA VENEZUELANA MARIA CORINA MACHADO DIZ NO CONGRESSO BRASILEIRO, "CONFIEM NO POVO DA VENEZUELA"

A deputada María Corina Machado, uma das líderes da oposição na Venezuela, visitou Brasília nesta quarta-feira e reclamou da indiferença do governo brasileiro diante da repressão aos manifestantes que desde fevereiro vão às ruas contra o ditador fascista bolivariano Nicolás Maduro. Em audiência pública na Comissão de Relações Exteriores do Senado, relatou as agressões que sofreu, ouviu manifestantes gritarem contra sua presença no Parlamento e pediu um voto de confiança ao povo venezuelano. Para ela, o país "despertou" e sua transformação é algo "irreversível". “Tenham confiança no povo da Venezuela. Essa é a lição dos últimos dois meses. Muitos diziam que a Venezuela estava resignada, paralisada. Mas um chamado à consciência e aos corações por parte dos estudantes despertou o país e esse é um processo irreversível que vai transformá-lo”, disse a opositora. María Corina denunciou a repressão de um “regime sem escrúpulos” em seu país, dizendo que “quando a uma sociedade se fecham as vias institucionais, as pessoas têm duas opções: ou hesitam ou vão às ruas pacificamente lutar pela liberdade”. Ela exibiu aos senadores um vídeo com cenas da repressão aos protestos e contou que sua família está aterrorizada diante das agressões que ela própria sofreu. “Sofri agressões físicas dentro do Parlamento e nas ruas. É uma estratégia do poder público para me aniquilar. Tentaram pela força, com a agressão psicológica e agora pela via criminal. Creio que é uma confissão que põe em evidência ao mundo inteiro o caráter ditatorial da Venezuela”. A venezuelana disse ainda que audiências como essa de que estava participando é algo “impensável” em seu país. “Não há liberdade de expressão. Como pode se chamar de Constituição algo que persegue, censura e tortura a população?”, disse. Para María Corina, na Venezuela não há um conflito ideológico entre esquerda e direita, mas um conflito entre “a ditadura e a democracia, entre a Justiça e os atropelos, entre um regime opressor e um povo que clama por liberdade”.

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