domingo, 27 de abril de 2014

DILMA TOMA VAIAS EM BELÉM, EM PROTESTO CONTRA A COPA

A presidente Dilma Rousseff enfrentou na sexta-feira um protesto contra a Copa do Mundo em uma cerimônia na qual entregou máquinas financiadas pelo PAC 2 a prefeitos paraenses em Belém (PA). Seu discurso foi interrompido por três vezes por gritos como "não vai ter Copa" e ainda "da Copa, da Copa, da Copa eu abro mão / eu quero é dinheiro para saúde e educação". O evento era patrocinado pelo próprio Palácio do Planalto. Em cerimônias como essa, a platéia é toda composta por convidados do governo federal. Eram cerca de 20 manifestantes que gritavam contra a Copa, e incluíam servidores públicos da Universidade Federal do Pará, do Incra e do Judiciário. Os gritos começaram assim que Dilma chegou ao evento. Tão logo foi anunciada sua presença, ela foi saudada por parte da platéia pelo grito de "olê, olê, olê, olá, Dilma, Dilma!". Quando o grito cessou, vieram os protestos contra a Copa, reforçados por faixas com os dizeres "técnicos grevistas", de um sindicato do Judiciário em greve, e "SOS. Incra". Quando o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto, começou a falar, o grito contra a Copa voltou. A fala da presidente durou 20 minutos. Na segunda das três vezes em que foi interrompida, ela fez referências a uma faixa, na platéia, que denunciava condições precárias de um pronto-socorro de Belém. Anunciou, então, que havia acertado com o governador Simão Jatene (PSDB) a liberação de verbas para um hospital atualmente fechado. Mas não disse uma palavra sobre a Copa do Mundo. Na terceira interrupção, Dilma deu sinais de impaciência: "Gente, eu já estou terminando. É da democracia. Eles têm o direito de falar o que quiserem. Vocês também. Agora, eu queria pedir. A gente pode se manifestar desde que a gente não prejudique a maioria".

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