sábado, 19 de abril de 2014

EDUARDO CAMPOS COMEÇA A APRESENTAR SUA PLATAFORMA PARA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA

O Brasil precisa cortar gastos ruins de custeio da máquina pública e de uma reforma tributária fatiada, sem perder conquistas sociais ou reduzir direitos trabalhistas, disse o pré-candidato do PSB à Presidência, Eduardo Campos. Para ele, isso depende fundamentalmente de uma mudança na governança política. Ele defende que a Petrobras tenha uma política clara e pública de reajustes dos preços dos combustíveis, a exemplo do que ocorre com tarifas de energia e telefonia. "Nós vamos conter a inflação, nós vamos fazer o Brasil crescer, nós vamos alavancar os investimentos no Brasil, nós vamos conter o gasto ruim, nós vamos fazer o dever de casa que precisa ser feito", prometeu: "Não vamos fazer isso perdendo conquistas sociais, não vamos fazer isso sacrificando o direito dos trabalhadores. Vamos fazer isso com uma governança inteligente, passando confiança aos investidores, tendo coragem de fazer os cortes que a máquina pública precisa". Tudo isso, na visão de Eduardo Campos, só será possível com a mudança na relação política, considerada por ele a barreira mais importante a ser vencida. "Agora é um novo ciclo, o padrão político brasileiro está vencido, o padrão de governança do Estado está vencido", disse ele. "Quem falar isso para o Brasil vai encantar a vida brasileira e vai ter o apoio da sociedade para fazer mudanças", afirmou o pernambucano. Segundo ele, se o Brasil pôde derrotar a ditadura, não há por que duvidar que é possível vencer "a velha política que está em Brasília": "Essa é a trincheira que tem que ser derrotada para abrir um novo tempo e um novo ciclo no País. Para mim é muito claro o diagnóstico de que a primeira das mudanças... é uma mudança na política". Eduardo Campos disse que a "velha governança política" terá que ser vencida com a ajuda da sociedade, que pode pressionar o Congresso Nacional a votar o que os candidatos pactuaram durante a campanha eleitoral. Eduardo Campos aposta que sua vitória já solucionaria parte das preocupações dos mercados: "Eu acho que a gente vai começar a ajustar a economia antes de janeiro de 2015. A gente vai começar a ajustar a economia ganhando a eleição. Nós temos problemas nos fundamentos macroeconômicos, mas esses problemas não são nem maiores do que já foram no passado e nem são maiores do que os problemas que outros países do mundo da mesma dimensão do Brasil têm". Se eleito, Eduardo Campos disse que determinará que a Petrobras tenha uma política clara de reajuste para os combustíveis, semelhante ao que ocorre com outros segmentos da economia. "O setor de energia tem uma regra, telefonia tem uma regra, a passagem de ônibus tem uma regra. Há um preço transversal na economia em questão que é o preço do combustível. Ele tem que ter uma regra. E essa regra tem que estar na equação da política macroeconômica", afirmou o pré-candidato.

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