quarta-feira, 23 de abril de 2014

GOVERNO DILMA FAZ DEMAGOGIA NA ÁREA DA SAÚDE, LIBERANDO EXAMES PET-CT, QUANDO HÁ POUQUÍSSIMAS MÁQUINAS NO BRASIL

Um exame considerado por médicos como fundamental para o acompanhamento de pacientes que tiveram ou estão com câncer, o PET-CT, passará a ser ofertado no Sistema Único de Saúde. A inclusão ocorre com atraso de pelo menos 13 anos em relação às clínicas particulares e num formato ainda muito acanhado, avaliam sociedades médicas. É pura demagogia eleitoral com a saúde pública. O País tem pouquíssimas máquinas para os exames PET-CT. No Rio Grande do Sul inteiro, por exemplo, só existe uma dessas máquinas, que está sendo instalada agora. O acesso será permitido para pacientes com linfoma, com câncer de intestino grosso com lesão hepática e em alguns casos de câncer de pulmão. Uma lista de opções bem menor do que a ofertada para usuários de planos de saúde. Desde o início do ano, operadoras são obrigadas a garantir o exame para pelo menos oito indicações. Entre elas, casos de câncer de mama, de pele e cabeça e pescoço. "É o primeiro passo, mas esperávamos mais", afirmou o presidente da Sociedade Brasileira de Medicina Nuclear, Celso Ramos. De acordo com ele, um número considerável de estudos demonstram que o uso do PET permite uma economia na área de saúde: "Os tratamentos são mais dirigidos. Evitam-se cirurgias e tratamentos desnecessários e, além disso, o exame traz mais chances de diagnosticar precocemente novos focos de câncer no paciente". A assessora técnica da Secretaria de Atenção à Saúde, Inez Gadelha, rebate as críticas: "A decisão foi adotada de acordo com critérios rígidos, em evidências que demonstram quais as melhores indicações, com melhores resultados". Pelos cálculos do Ministério da Saúde, 20 mil pacientes serão diretamente beneficiados pelo exame. O investimento com os exames será de R$ 31 milhões anuais. Além de uma indicação acanhada, Ramos disse estar preocupado com a forma de implantação do sistema. Embora o PET de forma geral tenha um impacto positivo na economia, ele é um exame caro. A dose do radiofármaco usado no teste custa, em média R$ 800,00. "É preciso garantir que o tratamento seja feito com qualidade. De nada adiantaria pagar pelo procedimento uma quantia baixa se houver uma redução na qualidade do teste", disse. A incorporação do PET no SUS não será imediata. O governo terá até 180 dias para regular como e quando isso será feito. Só isso já mostra como a decisão é demagógica e eleitoral. De acordo com Inez, o exame está disponível em 21 Estados do País. Ramos informou haver no País 100 centros que ofertam o exame tanto para pacientes particulares quanto para usuários de planos de saúde. Na avaliação do médico, a infraestrutura existente é suficiente para atender a demanda do sistema público.

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