domingo, 6 de abril de 2014

IPEA - CHOQUE DE EGOS E CABIDE DE EMPREGO DE ALIADOS

O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) se transformou, nos últimos anos, em reduto de disputas políticas e embate de egos. No final do governo Lula e início do governo Dilma Rousseff, sob a presidência do economista petista Márcio Pochmann, o instituto criado para produzir pesquisas voltadas a uma política estratégica do País, teve um de seus momentos mais sombrios, começando a se transformar, nas palavras de funcionários, em um verdadeiro órgão de propaganda governamental. A autarquia havia se tornado uma espécie de trampolim político para seu presidente, que sonhava em conquistar a prefeitura de Campinas. A gestão de Pochmann sempre foi marcada por suspeitas de aparelhamento político-partidário. Servidores do Ipea apontam, por exemplo, que nos últimos anos pesquisas elaboradas pelo instituto eram pré-concebidas para produzir resultados específicos. Sob a mesma gestão, pesquisadores foram orientados a rejeitar pesquisas cujos temas fossem avessos ao governo, como a defesa das privatizações. Com a saída de Pochmann para disputar a prefeitura de Campinas pelo PT – ele perdeu a disputa para Jonas Donizete (PSB) – o instituto, que poderia retomar seus projetos de pesquisa normalmente, permaneceu nas rodas da barganha política.

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